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Lucros da EDP Renováveis sobem 14% para 313 milhões de euros
A empresa liderada por Manso Neto aumentou os lucros em 14% para 313 milhões de euros, apesar da descida de 7% das receitas.
A EDP Renováveis fechou o ano passado com lucros de 313 milhões de euros, o que representa uma subida de 14% face ao resultado líquido de 275,9 milhões registado em 2017.
Em comunicado enviado esta quarta-feira, 27 de fevereiro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de energias limpas informa que, em 2018, as receitas desceram 7% para 1.697 milhões de euros, devido à combinação de uma maior produção e de uma descida do preço médio de venda de energia.
"Em resultado da maior produção (+3% vs 2017; +€38M), menor preço realizado (-9% vs 2017; -€71M), fx (-€46M vs 2017) e o termo esperado de PTCs (após 10 anos) em algumas estruturas de Tax equity (-€51M), as receitas totalizaram €1.697M (-7% vs 2017)", refere empresa em comunicado.
O aumento de 3% na produção de energia foi possibilitado pela adição de 625MW à capacidade. A empresa de energias limpas fechou o ano com uma capacidade instalada de 11.7 GW em 11 países – 11.3GW completamente consolidados e 371MW pelo método de equivalência patrimonial (participações no capital em Espanha e nos EUA).
Já os custos operacionais da EDP Renováveis aumentaram 6% para 589 milhões de euros, enquanto o Core Opex por MW médio foi de 43 milhões. O EBITDA desceu 5% para 1.300 milhões de euros e o EBIT diminuiu para 754 milhões, devido ao impacto de descontinuidades nas receitas e menores recursos eólicos.
Os resultados financeiros líquidos caíram para 220 milhões de euros (o que compara com 302 milhões em 2017), "beneficiando da evolução estável dos juros financeiros líquidos, juntamente com custos de parcerias institucionais mais baixos e os ganhos derivados da estratégia de sell down de participações em projetos de offshore".
"Os resultados apresentados hoje, que incluem um crescimento dos lucros líquido de 14%, refletem a sólida gestão financeira da empresa, que beneficiou de um desempenho interanual estável dos custos de juros líquidos, de uma redução das despesas com parcerias institucionais e lucros da alienação de participações em projetos offshore", afirma o CEO da empresa, João Manso Neto, citado no comunicado.
Em relação ao futuro da empresa, o gestor afirma estar empenhado "em continuar a fazer crescer a empresa através de modelos de gestão eficientes e da limitação de riscos, bem como da diversificação da nossa capacidade de gerar valor através dos mercados e da tecnologia".
(Notícia atualizada às 07:42)