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Lucros da EDP recuam 16% nos primeiros nove meses

A eléctrica aponta que os resultados devem-se ao reflexo do menor contributo de eventos não recorrentes. O resultado ficou acima do esperado pelos analistas.

03 de Novembro de 2016 às 17:00
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Os lucros da EDP recuaram 16% para 615 milhões de euros nos primeiros nove meses de deste ano. A eléctrica tinha registado lucros de 736 milhões em período homólogo, mais 121 milhões face ao agora registado.

Este resultado ficou acima do esperado pelos analistas, que apontavam para lucros de 607 milhões de euros, estimado por sete casas de investimento, divulgada pela Reuters.

A eléctrica aponta que os resultados devem-se ao "reflexo do menor contributo de efeitos não recorrentes", como a compra de uma participação adicional de 50% na central de Pecém I no Brasil.

Recorde-se que em 2015, os eventos não recorrentes acrescentaram mais 172 milhões de euros com a venda de activos de gás à Redexis em Espanha e com a aquisição de uma participação adicional de 50% na central de Pecém I. 

Fora os eventos não recorrentes, a EDP regista um resultado líquido de 661 milhões de euros, mais 17% face aos 564 milhões em 2015.

Já os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recuaram 3% para 2.893 milhões de euros, valor que também ficou acima do esperado pelas sete casas de investimento.

A pesar neste resultado, esteve a queda em 15% do EBITDA na produção contratada de longo prazo na Península Ibérica para os 395 milhões.

Este resultado foi "impactado pela transferência de oito centrais hídricas para o mercado liberalizado, em função do termos dos respectivos PPAs".

Nas redes reguladas da Península Ibérica, o EBITDA recuou 8% para os 749 milhões, influenciado por um ganho não recorrente de 89 milhões obtido em 2015 com a venda de activos de gás em Espanha à Redexis.

Por seu turno, a contribuição da EDP Brasil caiu 29% para 464 milhões, penalizado pelo menor impacto de efeitos não recorrentes, com os 267 milhões gerados com a compra a desconto de 50% da Pecém I. A pesar no resultado esteve o efeito cambial negativo de 59 milhões de euros, em resultado da depreciação do real face ao euro em 11%.

O EBITDA nas actividades liberalizadas na Península Ibérica subiu 183 milhões para os 458 milhões, "impulsionado por um custo médio de geração mais baixo, decorrente da forte recuperação nos recursos hídricos e produção", assim como pelo "aumento dos resultados com gestão de energia compatível com um contexto de volatilidade de preços no primeiro semestre".

A subir também esteve a contribuição da EDP Renováveis que cresceu 8% para os 847 milhões de euros, reflectido pela maior produção (+20%) e pela maior receita com parcerias institucionais nos Estados Unidos.

Destaque para a queda de 8% da dívida líquida para os 15.963 milhões de euros, face ao final de 2015.

(Notícia actualizada às 17:35)
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