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Lucros da EDP caem 16% para 380 milhões de euros

A eléctrica liderada por António Mexia teve uma redução nos resultados semestrais de 16% para 380 milhões de euros, anunciou a empresa.

Mafalda Santos
26 de Julho de 2018 às 17:02
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Os lucros da EDP ficaram nos 380 milhões de euros no primeiro semestre, anunciou a empresa, que atribui uma queda homóloga de 3% se considerados os resultados pro-forma.

Isto se excluídos os 59 milhões de euros que as actividades de distribuição de gás registaram no primeiro semestre de 2017, e que, entretanto, foram vendidas.

A EDP acrescenta, ainda, que se ainda fossem retirados os efeitos não recorrentes, então o lucro até tinha subido 5%.

Nos não recorrentes a EDP inclui os ganhos, no ano passado, da venda da posição da REN, e como efeito negativo o pagamento da taxa do sector de energia. O que significa que se nos primeiros seis meses de 2017 os efeitos não recorrentes tiraram 43 milhões de euros aos lucros, já no período homólogo deste ano foram 77 milhões de efeitos negativos, que a EDP atribui à taxa de energia (64 milhões) e ao ajuste do valor dos CMEC (13 milhões).

A EDP assume, no comunicado dos resultados, que os efeitos regulatórios em Portugal foram, ainda assim, compensados pelo crescimento na EDP Brasil e melhoria no mercado ibérico.

Um dos contributos para os resultados foi o menor valor de custos financeiros, que a EDP diz ser consequência da melhoria do custo médio da dívida e da descida da dívida média. Ainda assim, no final do semestre, a dívida líquida atingiu os 14.172 milhões de euros, mais 2% que os 13.902 milhões que inscreveu em Dezembro de 2017, devido ao pagamento de dividendos. 

O EBITDA no período analisado, e face ao período homólogo, caiu 10%, para 1.722 milhões de euros. Mas mais uma vez a eléctrica lembra que vendeu no ano passado, na segunda metade, o negócio de gás, pelo que deve ser excluído na comparação os 115 milhões de EBITDA de há um ano. Também a desvalorização do real contribuiu para a queda da rentabilidade. O efeito cambial teve um impacto de 101 milhões de euros. Pelo que excluindo estes dois factores, a EDP teria registado uma subida no EBITDA de 3%. 

Isto num período em que a capacidade instalada cresceu 2% em termos homólogos, para 26,8 gigawatts. As renováveis já pesam 74%. Já na produção pesam 72%, tendo aumentado 12 pontos percentuais em um ano. 

(notícia actualizada com mais informações às 17H30)
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