A EDP Brasil fechou os primeiros seis meses do ano com um resultado líquido de 441,8 milhões de reais, o equivalente a quase 100 milhões de euros. Os lucros ficam desta forma 59,6% acima do mesmo período do ano anterior e, de acordo com a empresa, reflectem "a consistência operacional e financeira da EDP em todas as áreas, com destaque para a distribuição e a produção termoeléctrica", lê-se nos resultados publicados no site da EDP Brasil.

O EBITDA, beneficiando dos mesmos impulsionadores, cresceu 15,6% face ao primeiro semestre de 2017, atingindo os 1,2 mil milhões de reais. No que toca às receitas líquidas, e excluindo o negócio de construção, estas cifraram-se nos 4,9 mil milhões de reais, superando em quase 25% aquelas obtidas entre Janeiro e Junho do ano anterior.

Olhando para as três áreas de negócio, a distribuição lidera os ganhos com uma receita líquida de 1,8 mil milhões de reais no segundo trimestre, uma variação de 27,5% relativamente ao mesmo período do ano anterior, apresentando uma tendência de crescimento pelo quarto trimestre consecutivo. No relatório, o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, sublinha ainda a evolução dos níveis de perdas "que seguem uma tendência de redução constante".

Segue-se o negócio de comercialização, que soma 981.628 milhões de reais no trimestre que terminou em Junho e o de transmissão, cujas receitas totalizaram 2,9 milhões de reais.

Na mensagem deixada pelo presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, no relatório e contas, este reserva algumas linhas à OPA lançada pela China Three Gorges sobre a EDP Portugal. Neste contexto, sublinha que o conselho de administração da EDP Energias do Brasil "está acompanhando com atenção todas as implicações decorrentes desta operação para a companhia e para seus accionistas".