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Mexia: "A EDP está a viver do crescimento das renováveis e do Brasil"
"As medidas regulatórias em Portugal tiveram impacto negativo de 140 milhões de euros", adiantou o CEO da EDP.
O presidente da EDP, António Mexia, afirmou hoje que a eléctrica "está a viver do seu crescimento nas renováveis e no Brasil", cujo impacto só não foi maior por questões cambiais, realçando o impacto negativo de medidas regulatórias em Portugal.
A EDP fechou o primeiro semestre com um lucro de 380 milhões de euros, um recuo de 16% face aos 450 milhões registados no mesmo período do ano passado, mas, sem o impacto de efeitos não recorrentes, nomeadamente a CESE - contribuição extraordinária para o sector da energia e o corte no ajustamento final dos CMEC, teria subido 5% para 457 milhões de euros.
Em declarações à Lusa, António Mexia sublinhou que "a EDP está a viver do crescimento das renováveis [EDP Renováveis] e do Brasil", referindo que o impacto só não foi maior por razões cambiais, isto é, a desvalorização do dólar - já que os EUA são o principal mercado da EDP Renováveis - e do real.
"As medidas regulatórias em Portugal tiveram impacto negativo de 140 milhões de euros", adiantou o gestor, dos quais 18 milhões são não recorrentes, e a maioria (122 milhões de euros) recorrentes.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP indica que o EBITDA consolidado (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ascendeu a 1.722 milhões de euros na primeira metade de 2018, uma queda de 10% face a igual período de 2017.