A REN – Redes Energéticas Nacionais obteve de Janeiro a Junho um lucro de 58,3 milhões de euros, que fica 9% abaixo do resultado alcançado no primeiro semestre do ano passado, e que se explica, principalmente, pelos encargos com a contribuição extraordinária para o Orçamento do Estado de 2014.

Numa base recorrente, sem efeitos extraordinários, o lucro da REN teria subido 16,8%, para 72,3 milhões de euros, informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na primeira metade de 2014 a REN teve um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 252,2 milhões de euros, menos 3% do que no ano passado. Apesar de ter reduzido os seus custos operacionais, a REN foi penalizada, nesta rubrica, pela descida da remuneração dos terrenos hídricos e pela reversão de uma imparidade em 2013.

Por outro lado, a empresa presidida por Emílio Rui Vilar teve uma melhoria de 21% do seu resultado financeiro, que passou de 65,7 milhões de euros negativos para 51,7 milhões negativos.

Para Rui Vilar, os resultados semestrais destacam-se pela "melhoria significativa do resultado líquido recorrente e a descida do custo médio da dívida". Em comunicado, o presidente da REN salientou ainda a importância da recente aquisição parcial da concessão de armazenagem de gás natural à Galp, considerando-a uma concretização relevante para o "objectivo da empresa em focar-se no seu negócio "core": a construção e gestão de infraestruturas de transporte de energia".

No primeiro semestre deste ano o valor médio da base regulada de activos (RAB na sigla em inglês) ascendeu a 3.480,6 milhões de euros, mais 1,8% do que em igual período do ano passado.

O investimento da REN, no entanto, afundou 38,8% em termos homólogos, cifrando-se em 36 milhões de euros no período de Janeiro a Junho.

Segundo a informação disponibilizada pela REN, a dívida líquida da empresa também diminuiu, recuando 1,9%, para 2.452,5 milhões de euros.