Os resultados líquidos da EDP Renováveis (EDPR) aumentaram 10% nos primeiros nove meses do ano, para 102 milhões de euros, o que compara com os 93 milhões de euros obtidos um ano antes, anunciou a companhia em comunicado à CMVM.

A empresa justifica esta evolução positiva com “o elevado recurso eólico na Península Ibéria e aos interesses não controláveis vendidos à Borealis e à CTG”.

Nos primeiros nove meses do ano a EDPR aumentou a produção em 7% e viu o preço médio de venda da energia produzida subir 1%. As receitas atingiram 1.003 milhões de euros, um crescimento de 7%.

Nos últimos 12 meses, a EDPR aumentou a sua capacidade instalada EBITDA em 382 MW, dos quais 312 MW na Europa e 70 MW nos EUA. A empresa assinala que o factor de utilização do seu parque eólico ficou estável em 29%, classificando de “notável” o recurso eólico atingido na Europa, uma vez que se situou 6% acima da média.

O EBITDA aumentou 5% para 708 milhões de euros, registando um crescimento inferior ao das receitas, uma vez que os custos subiram de forma mais acentuada, ao aumentarem 13% para 295 milhões de euros.

Para este aumento dos custos contribuiu o imposto de 7% sobre as vendas em Espanha, que está em vigor desde o início do ano e representou um costo de 25 milhões de euros.

Ao nível dos custos financeiros as variações foram ligeiras, com uma queda de 1% para 199 milhões de euros, que a EDPR justifica com a descida também de 1% nos juros financeiros líquidos, que reflecte o menor custo da dívida (recuou para 5,2%). Também contribuiu o facto de a EDPR ter reduzido o montante da dívida líquida em 112 milhões de euros nos últimos 9 meses, situando-se em Setembro nos 875 milhões de euros.

A contribuir para esta redução de dívida, bem como para o aumento dos lucros, esteve o desinvestimento realizado pela empresa nos nove meses. Em Junho deste ano a EDPR concluiu a venda de interesses não controláveis e empréstimos accionistas de parque eólicos em Portugal à CTG, por 368 milhões de euros e já em Setembro realizou duas transacções de rotações de activos, que contudo ainda não foram contabilizadas. 

(notícia actualizada às 7h40 com mais informação)