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Lucro da EDP caiu 22% para 315 milhões até junho

Os resultados do primeiro semestre da elétrica foram impactados pela queda do consumo de eletricidade por causa da pandemia. A atividade em Portugal registou prejuízos de 32 milhões de euros.

A aquisição em Espanha foi anunciada poucos dias depois de Miguel Stilwell assumir o cargo de CEO interino.
Inês Gomes Lourenço
03 de Setembro de 2020 às 17:03
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A EDP fechou o primeiro semestre deste ano com um resultado líquido de 315 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 22% face ao mesmo período do ano passado.

Em comunicado emitido esta quinta-feira à CMVM, a elétrica agora liderada por Miguel Stilwell de Andrade explica que estes foram impactados pela pandemia da covid-19, que se refletiu principalmente nas contas do segundo trimestre.

"O resultado líquido da EDP […] foi impactado pela forte redução de consumo de eletricidade nos seus principais mercados, sobretudo durante os períodos de confinamento impostos para combater a propagação da pandemia COVID-19, que coincidiram com a maior parte do segundo trimestre", sustenta a empresa.

A EDP adianta ainda que o volume de eletricidade comercializada na Península Ibérica baixou 7% e o consumo de eletricidade de clientes das distribuidoras no Brasil caiu 8%.

Além disso, "a deterioração das condições de mercado Ibérico de eletricidade neste segundo trimestre, nomeadamente a redução da procura e o aumento do custo das licenças de emissão de CO2, justificaram a decisão de antecipação do encerramento das centrais a carvão de Sines para 2021, que implicou a contabilização de um custo extraordinário de 130 milhões de euros", acrescenta a elétrica.

Esta situação levou a que as contas em Portugal continuassem no vermelho, com a empresa a registar prejuízos de 32 milhões de euros. Como a elétrica sublinha, há 2 anos consecutivos que regista prejuízos nas atividades convencionais no mercado doméstico no mercado português.

O EBITDA fixou-se nos 1,8 mil milhões de euros, o que traduz também uma queda de 3% face ao primeiro semestre de 2019. Este resultado reflecte "o efeito adverso da taxa de câmbio (-57 milhões  devido à depreciação de 20% do Real face ao Euro), e menos 22 mmilhões de euros relacionado com o encerramento antecipado das centrais a carvão na Península Ibérica". Excluindo o efeito deste custo extraordinário e cambial, o EBITDA cresceu 2% em termos homólogos, aponta a elétrica.

A Junho de 2020, a dívida líquida totalizava 14,1 mil milhões de euros, "mantendo-se em linha com Junho de 2019 e 2% acima de Dezembro de 2019".

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