Notícia
Lucro da EDP aumenta 7% para 405 milhões de euros
Os resultados do primeiro semestre da elétrica foram sustentados pela atividade internacional. A atividade em Portugal voltou a fechar no vermelho “penalizada pelo contexto regulatório e fiscal adverso”.
A elétrica liderada por António Mexia fechou o primeiro semestre com um resultado líquido de 405 milhões de euros, um aumento de 7% face ao ano anterior. Este desempenho é justificado pela elétrica pela crescimento da atividade internacional, que permitiu mitigar a queda em Portugal devido à quebra na produção hídrica e pelo impacto das medidas regulatórias.
O EBITDA subiu 11% para 1,9 mil milhões de euros, beneficiando do crescimento no negócio de renováveis. "A produção eólica e solar aumentaram a capacidade instalada em 6% para 11.4GW, enquanto a estratégia de rotação de ativos gerou neste período um ganho de 200 milhões de euros associado à venda acordada de uma carteira de parques eólicos em 4 países europeus", que representará um encaixe financeiro de 800 milhões no terceiro trimestre deste ano, revela a elétrica.
Por outro lado, a produção hídrica na Península Ibérica registou uma queda de 50% face a 2018, impactada neste semestre por recursos hídricos, em Portugal, 44% abaixo da média histórica, o que teve um impacto negativo no EBITDA de cerca de 200 milhões de euros.
A elétrica sublinha ainda que as atividades convencionais em Portugal (rede de distribuição, produção hídrica e térmica e comercialização de energia) registaram um prejuízo líquido de 18 milhões de euros na primeira metade de 2019, "penalizadas pela manutenção de um contexto regulatório e fiscal adverso, a que se adicionou neste semestre um volume de produção de energia hídrica anormalmente reduzido", lê-se no comunicado.
"Os resultados do negócio internacional da EDP foram muito positivos, o que permitiu mitigar o prejuízo acumulado, no último ano e meio, no negócio convencional em Portugal", sublinhou António Mexia, presidente executivo da EDP. "Estes resultados em Portugal decorrem de um contexto regulatório e fiscal adverso e de um primeiro semestre extremamente seco. A aposta continuada numa política de investimento e crescimento internacional, focada em energias renováveis, aliada ao plano de rotação de ativos tem demonstrado ser uma estratégia de sucesso", acrescentou.
No final de junho, a dívida líquida da EDP situava-se nos 14 mil milhões de euros, um valor 4% acima de dezembro de 2018, "mas ainda 1% inferior ao valor registado em junho de 2018, tendo sido impactada pelo elevado montante de investimento líquido de expansão que mais do que duplicou face ao período homólogo", 85% do qual alocado ao segmento de renováveis, destaca a elétrica.