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Leilões solares podem "acelerar" metas do PNEC

João Galamba acredita que com a realização dos leilões solares é possível olhar para as metas do PNEC estabelecidas para 2030 “não como uma utopia, mas como realizáveis e até acelerar” as mesmas.

Bruno Simão
29 de Maio de 2020 às 19:04
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Após os resultados recordes do primeiro leilão solar realizado em Portugal, o Governo espera repetir a experiência na segunda ronda que vai arrancar na próxima semana. E, para tal, conta com o armazenamento como trunfo. Uma funcionalidade que vai ser testada no novo concurso, e que poderá ter "atenção redobrada" nos futuros leilões consoante os resultados alcançados, revelou João Galamba, secretário de Estado da Energia, na segunda sessão de esclarecimentos aos promotores realizada esta sexta-feira.

O próximo leilão solar, que será o único realizado este ano tendo em conta o seu adiamento devido à covid-19, vai disponibilizar uma capacidade de 700 megawatts (MW). Um valor inferior ao do primeiro concurso realizado em junho de 2019 (1.150MW) e que será concentrado em 12 lotes no Alentejo e Algarve. O anterior teve 24 lotes a concurso espalhados por quase todos o país.

O caderno de encargos apresentado na sexta-feira prevê que os projetos vencedores deste concurso possam estar conectados à rede em 2024. Uma data que poderá ser antecipada se o encerramento da central a carvão de Sines ocorrer antes do previsto. Algo que o secretário de Estado da Energia admitiu esta sexta-feira que possa acontecer.

Os valores base da licitação, que será no sentido de relógio ascendente, ainda não são conhecidos. Bem como as estimativas do investimento previsto para a concretização dos projetos solares que derivarem daqui. Porém, o Governo não tem dúvidas de que a realização destes leilões é essencial para o cumprimento das metas "ambiciosas" a que se comprometeram no Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), como destacou Matos Fernandes, ministro do Ambiente.

Já João Galamba vai mais longe e acredita que que com a estratégia que têm definida, focada no desenvolvimento do solar e no armazenamento, é possível olhar para as metas estabelecidas no PNEC para 2030 "não como uma utopia, mas como realizáveis e até acelerar" as mesmas.

Durante a sua intervenção, durante um curto intervalo que fez do Conselho de Ministros, Matos relembrou que uma das metas "ambiciosas" do PNEC passa por atingir uma incorporação de 47% de fontes renováveis no consumo final de energia até 2030, o que implica duplicar a capacidade instalada em renováveis até 2027. Um passo que será concretizado, em grande parte através dos leilões solares. Esta foi uma "das boas opções tomadas no passado" e que, por essas razões , é repetida este ano, acrescentou.

Matos Fernandes aproveitou ainda para relembrar que este concurso acontece num "momento delicado", devido à crise pandémica que obrigou a adiar os leilões que estavam previsto para março. Mas que "prova a vontade do Governo no relançamento de uma economia sustentada e resiliente, precisamente nesta fase em que são necessárias respostas às novas questões que a todos se colocam", sublinhou João Matos Fernandes.
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