As três grandes empresas desta indústria, a LDK Solar, a Yingli Solar e a Suntech Power Holdings estão numa fase em que podem falir ou consolidar-se. Uma outra hipótese é terminar um período de vários anos de expansão desta indústria na China, segundo o “The Diplomat”.

A capacidade manufacturadora (de oferta) chinesa explodiu após a crise de 2008. O governo chinês definiu que a energia solar seria um dos seus principais objectivos, como forma de estimular a economia. À primeira vista, a sua política era perfeita, visto que a procura por energias renováveis estava a aumentar. Estimava-se que de 2007 a 2012, a capacidade solar pudesse aumentar de 5 gigawatts para 50 gigawatts, sendo que em 2011 atingiu os 40 gigawatts, precisamente o dobro do total do resto do mundo.

Infelizmente, a procura por energia solar não acompanhou a oferta chinesa, que se estima, hoje em dia, andar à volta dos 30 gigawatts. Muitos dos países que poderiam recorrer à energia solar chinesa foram atacados pela crise, o que fez com que a sua procura diminuísse para níveis que o governo chinês não previu.

Para os consumidores isto são boas notícias, porque o sobreinvestimento chinês fez com que o preço da energia solar baixasse, mas por outro lado, para as empresas do resto do mundo este está a ser um processo penoso que levou já a que algumas empresas entrassem em falência como a Q-cells e a Solon, na Alemanha, e a Solyndra e a Evergreen Solar, nos Estados Unidos.

Para as três maiores empresas chinesas do ramo, o grande “boom” fez com que estas pedissem muito dinheiro emprestado, correndo agora o risco de entrar em falência, com o colapso dos preços. Os bancos estão agora a começar a pressionar estas empresas, sendo que algumas delas estão mesmo a ser processadas.