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Governo quer construir nova barragem no rio Ocreza

A Agência Portuguesa do Ambiente vai elaborar um estudo, no prazo máximo de um ano, para concluir se o projeto é viável.

16 de Abril de 2019 às 12:17
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O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou que o Governo quer construir uma nova barragem no rio Ocreza, de modo a controlar os caudais do rio Tejo. Para tal, vai pedir uma avaliação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para perceber se é viável.

"Hoje, conhecemos melhor o Tejo e comparando com os anos anteriores, verificámos uma diminuição significativa dos caudais afluentes, apesar dos mínimos semanais previstos na Convenção de Albufeira estarem a ser cumpridos, o que tem conduzido a um agravamento das condições nas massas de água a jusante, já que as alterações do regime hidrológico têm um forte impacto nos elementos de qualidade", começou por explicar o ministro que está a ser ouvido no Parlamento na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação.

Tendo em conta a diminuição dos caudais, o Governo considera que é "tempo de iniciar uma discussão técnica e rigorosa em torno da construção de uma barragem no rio Ocreza, o primeiro afluente do Tejo na sua margem direita", revelou.

Matos Fernandes detalhou que não estava a falar do "velho projeto da Barragem do Alvito, pensado para a produção de eletricidade, mas de uma barragem pensada para a regularização do rio Tejo e, como tal, com uma dimensão significativamente maior".

"Portugal tem de ter capacidade para regularizar os caudais do Tejo desde a sua entrada em Portugal, com evidentes ganhos ecológicos e para a estabilidade dos seus usos, diretos e indiretos. Temos, já hoje, essa capacidade a jusante da foz do Zêzere, não o temos a montante, mesmo com o esforço já concretizado dos caudais mínimos diários de Fratel e Belver", sublinhou.

Por estes motivos, "serão, em breve, dadas indicações à APA para iniciar uma primeira avaliação para esta barragem e albufeira. Sabemos bem os impactes ambientais que a mesma poderá provocar e, por isso, de forma absolutamente transparente, eles terão de ser pré-avaliados com o propósito de, no prazo máximo de um ano, podermos estar em condições de tomar uma decisão", assegurou.

 

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