Notícia
Gasoduto marítimo Barcelona-Marselha pode demorar até sete anos a ficar pronto
A ministra espanhola da Energia, Teresa Ribera, disse que pode levar "cinco, seis ou sete anos" a concluir o gasoduto BraMar, dependendo do início da construção, que não poderá ser imediato.
21 de Outubro de 2022 às 12:13
O gasoduto entre Barcelona e Marselha, para transporte de energia entre a Península Ibérica e França, poderá levar cinco a sete anos a estar concluído e o objetivo é ser financiado por fundos europeus, disse esta sexta-feira o Governo espanhol.
Segundo a ministra espanhola com a pasta da Energia, Teresa Ribera (na foto), a intenção é sublinhar o caráter europeu e o "interesse comum" e candidatar a ligação submarina para transporte de gás e hidrogénio a "infraestrutura de interesse comunitário e que haja um financiamento europeu que pague a maior parte do projeto.
O projeto, acordado e anunciado na quinta-feira por Portugal, Espanha e França, tem "vocação europeísta e solidária" porque permitirá diversificar as fontes de energia e de abastecimento na União Europeia e, além disso, será sustentável a longo prazo, afirmou Teresa Ribera, numa entrevista à Catalunya Radio.
Os prazos para o desenvolvimento e conclusão da ligação energética entre Barcelona e Marselha, batizada BarMar, ainda não foram definidos, mas a ministra espanhola estimou hoje que pode levar "cinco, seis ou sete anos" a concluir, dependendo do início da construção, que não poderá ser imediato, por serem necessários vários procedimentos prévios, como avaliações de impacto ambiental ou a definição de custos e do financiamento.
Numa outra entrevista, à televisão espanhola Antena 3, a ministra Teresa Ribera justificou a opção pelo BarMar, em substituição do gasoduto pelos Pirenéus (projeto conhecido por MidCat), que Espanha e Portugal defendiam, com a conclusão, por parte do Governo espanhol, "de que o melhor e mais rápido era não prescindir de França" e que o hidrogénio que se produza na Península Ibérica "chegue ao esqueleto" de ligações energéticas europeias.
O acordo entre Portugal, Espanha e França foi alcançado na quinta-feira, em Bruxelas, durante uma reunião dos líderes dos governos dos três países.
António Costa, Pedro Sánchez e Emmanuel Macron decidiram avançar com um "Corredor de Energia Verde", por mar, entre Barcelona e Marselha (BarMar) em detrimento de uma travessia pelos Pirenéus (MidCat).
O calendário, as fontes de financiamento e os custos relativos à execução do corredor verde BarMar serão debatidos num novo encontro a três em dezembro, em Alicante, Espanha.
De acordo com o texto acordado, a que a Lusa teve acesso, os ministros da Energia dos três países -- que também estiveram presentes na reunião -- irão começar imediatamente o trabalho preparatório para avançar com o BarMar e também sobre o reforço das interligações elétricas entre Espanha e França, "em ligação estreita com a Comissão Europeia".
Os dois primeiros-ministros ibéricos e o Presidente francês acordaram ainda na necessidade de "concluir as futuras interligações de gás renovável entre Portugal e Espanha, nomeadamente a ligação de Celorico da Beira e Zamora (CelZa)".
As infraestruturas que serão criadas para a distribuição de hidrogénio "deverão ser tecnicamente adaptadas para transportar outros gases renováveis, bem como uma proporção limitada de gás natural como fonte temporária e transitória de energia".
O primeiro-ministro, António Costa, considerou que o acordo permite "ultrapassar um bloqueio histórico" relativamente às interconexões ibéricas para gás e eletricidade.
Já chanceler alemão, Olaf Scholz, elogiou o acordo alcançado para um "Corredor de Energia Verde" entre os três países.
"É um grande avanço que venha a existir um gasoduto de ligação à França a partir da Península Ibérica", disse Scholz, no final de uma cimeira dos chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), em Bruxelas.
O líder alemão disse sentir-se "muito contente" por ter sido alcançado, "depois de muitos anos" de conversações, "um bom resultado".
"Existe um gasoduto que vai de Portugal e Espanha a França e então a ligação com o centro da Europa será possível. Estou muito contente", disse Olaf Scholz, que tinha dado apoio explícito ao projeto.
O gasoduto marítimo foi escolhido como sendo "a opção mais direta e eficiente para ligar a Península Ibérica", principalmente transportando hidrogénio.
As infraestruturas a criar para a distribuição de hidrogénio "deverão ser tecnicamente adaptadas para transportar outros gases renováveis, bem como uma proporção limitada de gás natural como fonte temporária e transitória de energia".
Segundo a ministra espanhola com a pasta da Energia, Teresa Ribera (na foto), a intenção é sublinhar o caráter europeu e o "interesse comum" e candidatar a ligação submarina para transporte de gás e hidrogénio a "infraestrutura de interesse comunitário e que haja um financiamento europeu que pague a maior parte do projeto.
Os prazos para o desenvolvimento e conclusão da ligação energética entre Barcelona e Marselha, batizada BarMar, ainda não foram definidos, mas a ministra espanhola estimou hoje que pode levar "cinco, seis ou sete anos" a concluir, dependendo do início da construção, que não poderá ser imediato, por serem necessários vários procedimentos prévios, como avaliações de impacto ambiental ou a definição de custos e do financiamento.
Numa outra entrevista, à televisão espanhola Antena 3, a ministra Teresa Ribera justificou a opção pelo BarMar, em substituição do gasoduto pelos Pirenéus (projeto conhecido por MidCat), que Espanha e Portugal defendiam, com a conclusão, por parte do Governo espanhol, "de que o melhor e mais rápido era não prescindir de França" e que o hidrogénio que se produza na Península Ibérica "chegue ao esqueleto" de ligações energéticas europeias.
O acordo entre Portugal, Espanha e França foi alcançado na quinta-feira, em Bruxelas, durante uma reunião dos líderes dos governos dos três países.
António Costa, Pedro Sánchez e Emmanuel Macron decidiram avançar com um "Corredor de Energia Verde", por mar, entre Barcelona e Marselha (BarMar) em detrimento de uma travessia pelos Pirenéus (MidCat).
O calendário, as fontes de financiamento e os custos relativos à execução do corredor verde BarMar serão debatidos num novo encontro a três em dezembro, em Alicante, Espanha.
De acordo com o texto acordado, a que a Lusa teve acesso, os ministros da Energia dos três países -- que também estiveram presentes na reunião -- irão começar imediatamente o trabalho preparatório para avançar com o BarMar e também sobre o reforço das interligações elétricas entre Espanha e França, "em ligação estreita com a Comissão Europeia".
Os dois primeiros-ministros ibéricos e o Presidente francês acordaram ainda na necessidade de "concluir as futuras interligações de gás renovável entre Portugal e Espanha, nomeadamente a ligação de Celorico da Beira e Zamora (CelZa)".
As infraestruturas que serão criadas para a distribuição de hidrogénio "deverão ser tecnicamente adaptadas para transportar outros gases renováveis, bem como uma proporção limitada de gás natural como fonte temporária e transitória de energia".
O primeiro-ministro, António Costa, considerou que o acordo permite "ultrapassar um bloqueio histórico" relativamente às interconexões ibéricas para gás e eletricidade.
Já chanceler alemão, Olaf Scholz, elogiou o acordo alcançado para um "Corredor de Energia Verde" entre os três países.
"É um grande avanço que venha a existir um gasoduto de ligação à França a partir da Península Ibérica", disse Scholz, no final de uma cimeira dos chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), em Bruxelas.
O líder alemão disse sentir-se "muito contente" por ter sido alcançado, "depois de muitos anos" de conversações, "um bom resultado".
"Existe um gasoduto que vai de Portugal e Espanha a França e então a ligação com o centro da Europa será possível. Estou muito contente", disse Olaf Scholz, que tinha dado apoio explícito ao projeto.
O gasoduto marítimo foi escolhido como sendo "a opção mais direta e eficiente para ligar a Península Ibérica", principalmente transportando hidrogénio.
As infraestruturas a criar para a distribuição de hidrogénio "deverão ser tecnicamente adaptadas para transportar outros gases renováveis, bem como uma proporção limitada de gás natural como fonte temporária e transitória de energia".