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Gás: Gazprom dá mais dois dias à Moldávia para liquidar dívida
"Acabei de receber a resposta da Gazprom ao meu pedido de prolongar o prazo de pagamento para o consumo atual de gás. O prazo foi estendido até sexta-feira", disse o vice-primeiro-ministro da Moldávia, Andrei Spinu, em comunicado.
24 de Novembro de 2021 às 23:14
A empresa estatal russa Gazprom concedeu hoje à Moldávia mais dois dias para liquidar uma dívida de quase 74 milhões de dólares, recuando na ameaça de cortar o fornecimento de gás ao pequeno país europeu.
"Acabei de receber a resposta da Gazprom ao meu pedido de prolongar o prazo de pagamento para o consumo atual de gás. O prazo foi estendido até sexta-feira", disse o vice-primeiro-ministro da Moldávia, Andrei Spinu, em comunicado.
O prazo original para o pagamento, que cobre os custos de consumo de gás da Moldávia em outubro e novembro, estava agendado para segunda-feira. A Gazprom disse que o dinheiro não foi recebido e avisou que cortaria o fornecimento de gás à Moldávia se não fosse feito o pagamento até quarta-feira.
Andrei Spinu acrescentou que o governo "tomou todas as medidas necessárias para saldar a dívida acumulada de outubro-novembro na sexta-feira".
A dívida faz parte de um acordo de cinco anos renovado no final de outubro entre Moldávia e a Rússia para prolongar um contrato, de longa data, que expirou no fim de setembro, o que deixou os dois países em discórdia por causa de um aumento de preço.
O porta-voz da empresa estatal russa, Sergey Kupriyanov, disse que a Moldávia "recorreu à Gazprom com um pedido para não interromper o fornecimento de gás a partir de hoje".
"Como exceção, a Gazprom, ao mostrar boa vontade e compreender a situação difícil que os cidadãos da Moldávia podem enfrentar, concordou com este pedido. A Gazprom espera que a Moldávia cumpra todas as suas obrigações contratuais em geral e pague a dívida dentro do prazo", indicou Kupriyanov, citado em comunicado.
As autoridades da Moldávia, o país mais pobre da Europa com cerca de 3,5 milhões de habitantes, situado entre a Roménia e a Ucrânia, disseram que pagariam o saldo pendente de 74 milhões de dólares (66 milhões de euros) do seu Orçamento do Estado.
Depois de os esforços iniciais para garantir um novo acordo de fornecimento fracassarem, a Moldávia recorreu à Polónia para evitar a escassez do combustível no inverno e diversificar o fornecimento.
O fornecimento de um milhão de metros cúbicos de gás que a Moldávia recebeu da Polónia foi o primeiro ao país da antiga União Soviética por um fornecedor de gás não russo.
A Moldávia começou a receber gás natural da Rússia, em 1 de novembro, de acordo com o contrato assinado na semana anterior, por um período de cinco anos e que contempla este mês um preço de 450 dólares (cerca de 400 euros) por mil metros cúbicos, segundo a empresa russo-moldava Moldovagaz.
O porta-voz da Gazprom salientou que face à difícil situação financeira do país, a empresa russa de gás concordou em assinar o contrato, aceitando quase todas as condições da Moldávia, mas "com um ponto importante" e que consiste no pagamento de 100% do valor acordado.
As autoridades moldavas alegaram anteriormente que o país não podia aceitar o preço do gás proposto pela Gazprom e estava a começar a negociar a compra do combustível com a Ucrânia, Roménia e Polónia, para diversificar as suas fontes de energia.
A crise de escassez de oferta de combustíveis levou a Moldávia a declarar estado de emergência em 22 de outubro, por um período de 30 dias.
"Acabei de receber a resposta da Gazprom ao meu pedido de prolongar o prazo de pagamento para o consumo atual de gás. O prazo foi estendido até sexta-feira", disse o vice-primeiro-ministro da Moldávia, Andrei Spinu, em comunicado.
Andrei Spinu acrescentou que o governo "tomou todas as medidas necessárias para saldar a dívida acumulada de outubro-novembro na sexta-feira".
A dívida faz parte de um acordo de cinco anos renovado no final de outubro entre Moldávia e a Rússia para prolongar um contrato, de longa data, que expirou no fim de setembro, o que deixou os dois países em discórdia por causa de um aumento de preço.
O porta-voz da empresa estatal russa, Sergey Kupriyanov, disse que a Moldávia "recorreu à Gazprom com um pedido para não interromper o fornecimento de gás a partir de hoje".
"Como exceção, a Gazprom, ao mostrar boa vontade e compreender a situação difícil que os cidadãos da Moldávia podem enfrentar, concordou com este pedido. A Gazprom espera que a Moldávia cumpra todas as suas obrigações contratuais em geral e pague a dívida dentro do prazo", indicou Kupriyanov, citado em comunicado.
As autoridades da Moldávia, o país mais pobre da Europa com cerca de 3,5 milhões de habitantes, situado entre a Roménia e a Ucrânia, disseram que pagariam o saldo pendente de 74 milhões de dólares (66 milhões de euros) do seu Orçamento do Estado.
Depois de os esforços iniciais para garantir um novo acordo de fornecimento fracassarem, a Moldávia recorreu à Polónia para evitar a escassez do combustível no inverno e diversificar o fornecimento.
O fornecimento de um milhão de metros cúbicos de gás que a Moldávia recebeu da Polónia foi o primeiro ao país da antiga União Soviética por um fornecedor de gás não russo.
A Moldávia começou a receber gás natural da Rússia, em 1 de novembro, de acordo com o contrato assinado na semana anterior, por um período de cinco anos e que contempla este mês um preço de 450 dólares (cerca de 400 euros) por mil metros cúbicos, segundo a empresa russo-moldava Moldovagaz.
O porta-voz da Gazprom salientou que face à difícil situação financeira do país, a empresa russa de gás concordou em assinar o contrato, aceitando quase todas as condições da Moldávia, mas "com um ponto importante" e que consiste no pagamento de 100% do valor acordado.
As autoridades moldavas alegaram anteriormente que o país não podia aceitar o preço do gás proposto pela Gazprom e estava a começar a negociar a compra do combustível com a Ucrânia, Roménia e Polónia, para diversificar as suas fontes de energia.
A crise de escassez de oferta de combustíveis levou a Moldávia a declarar estado de emergência em 22 de outubro, por um período de 30 dias.