Notícia
Galp deixa de comprar petróleo a fornecedores russos
A Galp anunciou esta quarta-feira o corte de relações comerciais com a Rússia, seguindo o exemplo de outras petrolíferas mundiais. "A Galp não vai contribuir para financiar a guerra", diz Paula Amorim.
É uma das primeiras empresas portuguesas a assumir o corte de relações com a Rússia. Numa tomada de posição face ao conflito com a Ucrânia, que acompanha outras gigantes mundiais do setor, a Galp anunciou esta quarta-feira que vai deixar de comprar petróleo a fornecedores russos.
"A Galp lamenta os atos de agressão russos contra o povo da Ucrânia. O Conselho de Administração da Galp decidiu, neste âmbito, suspender todas as novas aquisições de produtos de petróleo com origem na Rússia ou em empresas russas", revela a empresa numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa refere que apesar de não ter parcerias com organizações russas, iniciou um processo com vista a "eliminar a exposição direta ou indireta a produtos de petróleo com origem russa ou em empresas russas nos contratos existentes".
A petrolífera liderada por Andy Brown admite que a medida vai ter impacto nas operações da refinaria de Sines e no seu "contributo financeiro", mas garante que a empresa vai "continuar a assegurar o fornecimento de gás e combustíveis ao mercado português".
Citada na mesma nota, a presidente do Conselho de Administração da Galp, Paula Amorim, destaca que "o terrível ato de agressão da Rússia contra a Ucrânia viola em absoluto os valores que a Galp defende, como a liberdade e os direitos humanos".
"Num contexto tão complexo e terrível, a nossa decisão é simples: a Galp não vai contribuir para financiar a guerra", ressalva.
Já o CEO da petrolífera, Andy Brown, nota que "a invasão maciça da Rússia à Ucrânia representa um duro golpe ao mundo livre".
"A nossa solidariedade está com o povo ucraniano que está a sofrer com esta agressão. Estamos a analisar como é que a Galp pode apoiar os esforços humanitários coletivos", conclui.
Da Rússia, a Galp importa gasóleo de vácuo (VGO), que é posteriormente processado e usado na refinação de diesel na refinaria de Sines. A Rússia é responsável por cerca de 50% do VGO mundial. Os contratos a prazo deste produto "não especificam nem discriminam" a origem, explica a Galp.
A empresa está "a fazer planos para encontrar fontes de fornecimento alternativas" ou reduzir a produção. No entanto, "trabalhará para assegurar o abastecimento de diesel ao mercado português".
Os carregamentos de produtos petrolífero que já estejam em trânsito para Sines vão ser recebidos e descarregados na refinaria.
A Galp segue, assim, o exemplo de outras empresas do setor, como a BP e a Shell, que nos últimos dias anunciaram que vão desfazer-se dos investimentos que têm na Rússia.
Também a portuguesa Prio já tinha anunciado que "até estabilização da situação no terreno, a Prio deixou de considerar como parte dos seus fornecedores e de adquirir quaisquer produtos a empresas russas ou diretamente relacionadas, como fazia no passado".
A Jerónimo Martins também já tinha assumido uma posição em relação ao conflito, mas sem efeitos em Portugal. Esta terça-feira, a Biedronka, que pertence ao grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, anunciou a retirada das prateleiras de 16 produtos vindos da Rússia e da Bielorrússia.
"A Galp lamenta os atos de agressão russos contra o povo da Ucrânia. O Conselho de Administração da Galp decidiu, neste âmbito, suspender todas as novas aquisições de produtos de petróleo com origem na Rússia ou em empresas russas", revela a empresa numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A petrolífera liderada por Andy Brown admite que a medida vai ter impacto nas operações da refinaria de Sines e no seu "contributo financeiro", mas garante que a empresa vai "continuar a assegurar o fornecimento de gás e combustíveis ao mercado português".
Citada na mesma nota, a presidente do Conselho de Administração da Galp, Paula Amorim, destaca que "o terrível ato de agressão da Rússia contra a Ucrânia viola em absoluto os valores que a Galp defende, como a liberdade e os direitos humanos".
"Num contexto tão complexo e terrível, a nossa decisão é simples: a Galp não vai contribuir para financiar a guerra", ressalva.
Já o CEO da petrolífera, Andy Brown, nota que "a invasão maciça da Rússia à Ucrânia representa um duro golpe ao mundo livre".
"A nossa solidariedade está com o povo ucraniano que está a sofrer com esta agressão. Estamos a analisar como é que a Galp pode apoiar os esforços humanitários coletivos", conclui.
Da Rússia, a Galp importa gasóleo de vácuo (VGO), que é posteriormente processado e usado na refinação de diesel na refinaria de Sines. A Rússia é responsável por cerca de 50% do VGO mundial. Os contratos a prazo deste produto "não especificam nem discriminam" a origem, explica a Galp.
A empresa está "a fazer planos para encontrar fontes de fornecimento alternativas" ou reduzir a produção. No entanto, "trabalhará para assegurar o abastecimento de diesel ao mercado português".
Os carregamentos de produtos petrolífero que já estejam em trânsito para Sines vão ser recebidos e descarregados na refinaria.
A Galp segue, assim, o exemplo de outras empresas do setor, como a BP e a Shell, que nos últimos dias anunciaram que vão desfazer-se dos investimentos que têm na Rússia.
Também a portuguesa Prio já tinha anunciado que "até estabilização da situação no terreno, a Prio deixou de considerar como parte dos seus fornecedores e de adquirir quaisquer produtos a empresas russas ou diretamente relacionadas, como fazia no passado".
A Jerónimo Martins também já tinha assumido uma posição em relação ao conflito, mas sem efeitos em Portugal. Esta terça-feira, a Biedronka, que pertence ao grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, anunciou a retirada das prateleiras de 16 produtos vindos da Rússia e da Bielorrússia.