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Fundo Português de Carbono liberta já este ano 4 milhões para o projecto Windfloat

O Estado português vai começar a transferir ao consórcio Windplus, liderado pela EDP e Repsol, os subsídios para o primeiro parque eólico "offshore" do País, num apoio que somará 19 milhões de euros até 2020.

Miguel Baltazar/Negócios
05 de Novembro de 2014 às 12:06
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O Fundo Português de Carbono (FPC), gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente, vai libertar já este ano os primeiros 4 milhões de euros de financiamento estatal ao projecto Windfloat, que já conta com uma primeira torre eólica "offshore", ao largo da Póvoa de Varzim, à qual se juntarão novos aerogeradores nos próximos anos.

 

Globalmente, entre 2014 e 2020 o FPC vai financiar o projecto Windfloat com 19 milhões de euros, dos quais 4 milhões já este ano, 2 milhões de euros no próximo ano, 2,8 milhões anuais entre 2016 e 2019 e uma tranche final de 1,8 milhões de euros em 2020, segundo a repartição de encargos aprovada numa portaria agora publicada em "Diário da República".

 

A mesma portaria, assinada pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, Hélder Gomes dos Reis, e pelo secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, admite que "o montante fixado para cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano que o antecede".

 

Estes 19 milhões de euros do FPC não serão o único incentivo concedido ao projecto do consórcio Windplus, que é liderado pela EDP e pela Repsol. O primeiro parque eólico "offshore" português beneficiará ainda de uma tarifa de produção de electricidade de 168 euros por megawatt hora (MWh), o triplo do preço actual da energia no mercado ibérico de electricidade (Mibel).

 

Adicionalmente, o projecto Windfloat irá receber fundos comunitários no valor de 30 milhões de euros, ao abrigo do programa europeu NER300.

 

A expansão do Windfloat prevê a instalação de mais 24 megawatts (MW) ao largo da costa portuguesa, num parque com quatro turbinas de 6 MW cada ou com três turbinas de 8 MW.

 

Além dos 49 milhões de euros de subsídios ao investimento (19 milhões do Estado português e 30 milhões de Bruxelas), os promotores do Windfloat estimam necessitar de cerca de 100 milhões de euros adicionais para instalar o parque nos próximos dois anos e meio. Em Junho estava em estudo, pelo consórcio, um pedido de financiamento de até 60 milhões de euros à banca, aos quais acrescerá um esforço de capitais próprios de 40 milhões de euros, que poderá combinar contribuições dos actuais accionistas e de novos investidores.

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