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Estudo da APREN conclui que renováveis não precisam de subsídios

Um estudo realizado pela associação que representa os produtores de energias limpas concluiu que o sector não precisa de subsídios. Mas aponta a necessidade de criar mecanismos de regulação e incentivo a centrais.

Portugal tem de produzir 31% de energia através de fontes renováveis em 2020. Os resultados alcançados em 2015 revelam uma quota de 27,8%, acima do esperado para as metas intercalares.
Edgar Martins/CM
10 de Dezembro de 2018 às 19:00
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A criação de mecanismos de regulação e incentivo a centrais e as dificuldades de desenho de mercado são algumas das conclusões do estudo desenvolvido pela Poyry, com orientação da Associação de Energias Renováveis (APREN), divulgado esta segunda-feira, 10 de Dezembro.

A análise teve como base a comparação do efeito de remuneração das renováveis em dois modelos diferente: pelo valor do mercado marginalista ou através de mecanismos competitivos de leilões de atribuição de energia.

Após o estudo do mercado eléctrico ibério num horizonte temporal até 2040 tendo como premissa estes dois modelos distintos, concluíram que as renováveis não precisam de subsídios, "mas é necessário a existência de mecanismos de mercado competitivos e de estabilização de preços que potenciem um custo de capital baixo o qual, por sua vez, irá induzir uma redução de custos do sistema".

Segundo o documento, as renováveis "já são competitivas quando comparadas com o custo marginal das fósseis e, mesmo com valor de CO2 baixo, são a trajectória mais custo eficaz de desenvolvimento do sistema".

A APREN destaca ainda a necessidade de "criar mecanismos de regulação e incentivo a centrais que disponibilizem capacidade firmes para serviços de Sistema, nomeadamente no que se refere às tecnologias que aportem flexibilidade e armazenamento".

No que diz respeito ao investimento, a análise conclui que as dificuldades não se observam nas vertentes "técnica ou económica, mas de desenho de mercado".

"Os mercados marginalistas são cada vez mais voláteis, não assegurando a previsibilidade e a estabilidade necessários que proporcionem os sinais adequados ao investimento, quer para as renováveis quer para as centrais/sistema de reserva de regulação de capacidade de potência", lê-se no estudo.

 

 

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