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Espanha diz que proposta para limitar preços do gás poderá ter luz verde esta terça-feira
Em entrevista à TVE, a ministra espanhola Teresa Ribera avança que o Governo espanhol poderá dar luz verde à proposta para limitar os preços do gás natural para produção de eletricidade esta terça-feira. Portugal e Espanha apresentaram na quinta-feira uma proposta a Bruxelas para limitar os preços do gás.
A proposta para limitar os preços do gás natural para produção de eletricidade poderá ser aprovada pelo Governo espanhol ainda esta terça-feira, avançou a ministra espanhola Teresa Ribera, em entrevista ao canal espanhol TVE.
"Poderá ser amanhã ou assim que os aspetos técnicos estejam resolvidos", disse a ministra espanhola, que tem estado a trabalhar com o ministro do Ambiente português, Duarte Cordeiro, na proposta ibérica para os limites no preço do gás. A ministra indicou que "faltam algumas questões", mas "que não está descartada a hipótese" de a aprovação ser feita em Conselho de Ministros esta terça-feira.
Teresa Ribera frisou que Espanha esteve a "trabalhar durante o fim-de-semana" com os colegas de Portugal e da Comissão Europeia relativamente aos limites para o preço do gás natural.
Na quinta-feira passada, Portugal e Espanha apresentaram à Comissão Europeia a proposta para a criação de um mecanismo que limite a subida dos preços do gás. "Ontem à tarde, depois de semanas de negociações técnicas, Espanha e Portugal enviaram para Bruxelas a sua proposta conjunta de mecanismo para limitar os preços", indicou Pedro Sánchez, numa conferência na sexta-feira em Barcelona, em declarações citadas pela Bloomberg.
"Sempre foi uma realidade que a dependência energética de outros países era um risco", sublinhou Teresa Ribera nesta entrevista. E, nesta ocasião, frisou que é importante que haja uma disponibilidade para reduzir o consumo energético. A ministra revelou que deverá ser a administração pública espanhola a dar o exemplo.
"Temos que trabalhar para dar o exemplo, em primeiro lugar a encontrar um compromisso na Administração Pública, mas também pensando na máxima de que o nosso contributo como cidadãos permitirá a Espanha reduzir a sua necessidade de importação de combustíveis fósseis, aliviando a pressão internacional dos fornecedores e sobre o resto dos Estados que têm mais dificuldades de armazenamento".