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ENI prevê investimento em Angola de 5,9 mil milhões de euros nos próximos quatro anos

A ENI, petrolífera italiana, prevê investir sete mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros), nos próximos quatro anos, na pesquisa, produção, refinação e energia solar anunciou hoje, em Luanda, fonte da multinacional.

06 de Abril de 2021 às 20:57
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A informação foi avançada pelo presidente executivo de Upstream da ENI, Guido Brusco, citado pela agência noticiosa angolana, Angop, no final da audiência que o Presidente angolano, João Lourenço, concedeu ao presidente da comissão executiva da ENI, Claudio Descalzi.

Em declarações à imprensa, Guido Brusco disse que foram analisados os projetos para a produção de gasolina e diesel biológico, projetos que deverão impulsionar a agricultura e reduzir as emissões de carbono.

Segundo o responsável, a província do Namibe, no litoral sul do país, poderá contar dentro de um ano com um projeto de produção de 50 megawatts, para substituir o sistema elétrico a diesel, que permitirá poupar quatro vezes mais do que se gasta atualmente.

Ao chefe de Estado angolano foi igualmente reportado os sucessos alcançados na implementação de vários projetos na área da pesquisa e produção, nos últimos três anos, salientou Guido Brusco.

Na província de Cabinda, Huíla e Namibe, prosseguiu o responsável, estão em curso projetos para facilitar o acesso à água potável e energia elétrica, melhoria dos serviços de saúde, estando previsto o início de um programa de formação de mais de 600 médicos, em Luanda e Cabinda, com o apoio de especialistas italianos e angolanos, que viu o seu arranque afetado pela pandemia da covid-19.

Ainda no âmbito social, a ENI pretende desenvolver iniciativas de desminagem, acesso à terra e inclusão.

Numa nota de imprensa, a ENI dá conta que o encontro serviu para avaliar os avanços das atividades da empresa em Angola e discutir novas áreas de cooperação, salientando que o Claudio Descalzi apresentou ao chefe de Estado angolano os recentes sucessos da estratégia de exploração da ENI no país, que permitiu descobrir mais de dois mil milhões de barris no Bloco 15/06, desde 2018.

"O Sr. Descalzi também atualizou o Presidente Lourenço sobre o novo consórcio de gás que permitirá desenvolver e monetizar campos de gás não associados, aumentando a capacidade de Angola produzir GNL [Gás Natural Liquefeito] e disponibilidade de gás nacional para o desenvolvimento industrial do país", refere-se na nota.

O Presidente angolano foi igualmente atualizado sobre o desenvolvimento de um terceiro polo de produção no Bloco 15/06, que permitirá colocar em produção todo o potencial do Agogo.

No que se refere ao 'downstream', a ENI renovou o seu compromisso na Refinaria de Luanda, onde, com o esforço conjunto entre a Sonangol, petrolífera estatal angolana e a ENI, a eficiência operacional do ativo melhorou significativamente nos últimos três anos.

A ENI está presente em Angola desde 1980, sendo o país lusófono africano fundamental na estratégia de crescimento da petrolífera italiana.

Além do Bloco 15/06, a ENI atualmente opera em fase de exploração o Bloco 1/14 (offshore da Bacia do Baixo Congo), Blocos Cabinda Norte e Cabinda Sul e em breve aumentará as suas áreas operadas com o Bloco 28, na Bacia do Namibe.


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