Notícia
Energia eólica vai duplicar peso no PIB europeu e chegar aos 50 mil milhões até 2030
Em 2010, a contribuição direta do setor eólico era de 10,6 mil milhões de euros, apenas 0,05% do PIB europeu. Em 2023 essa contribuição alcançou 26,2 mil milhões de euros (0,11% do PIB), revela o relatório apresentado pela WindEurope, em Bilbau.
Os 27 países da União Europeia investiram em 2023 quase 39 mil milhões de euros em parques eólicos localizados em terra, com países como a Alemanha, França, Suécia e Espanha como os principais investidores nesta tecnologia renovável nos últimos anos, revela o mais recente estudo realizado pela Rystad Energy e apresentado esta terça-feira no evento anual da WindEurope, em Bilbau.
Quanto ao eólico offshore e às turbinas que, em pleno mar, transformam o vento em energia elétrica, tanto a Alemanha como os Países Baixos têm sido os principais "motores" de investimento e expansão entre 2015 e 2023. Também França aumentou significativamente a sua aposta nos últimos anos, com o primeiro parque eólico offshore de grande escala concluído em 2022, e outros projetos na calha para entrarem em operação durante 2024 e 2025.
Já nos países europeus fora da UE, é essencialmente a energia eólica offshore que domina os investimentos, sobretudo no Reino Unido - que aumentou significativamente a sua capacidade eólica situada no mar na última década. Neste momento, o país é já a a maior potência offshore fora dos 27, com cerca de 45% da capacidade operacional no continente europeu. Além disso, o Reino Unido é também o maior investidor em eólica onshore extra-UE. Por seu lado, a Noruega também aumentou os seus investimentos entre 2015 a 2019, tendo depois disso registado uma pausa de três anos no licenciamento desta tecnologia, imposta pelo governo, o que afastou os investimentos.
O relatório agora apresentado mostra ainda que o setor eólico emprega atualmente cerca de 320.000 pessoas e contribui de forma direta com perto de 30 mil milhões de euros para o PIB europeu. Olhando para 2030, o documento prevê que os empregos ligados à energia eólica possam aumentar para mais de 560.000 até ao fim da década, o que por sua vez aumentará também o contributo para o PIB para cerca de 53 mil milhões de euros. "Se a Europa agir bem, a contribuição direta do setor eólico para o PIB poderia ser mantida a um nível de 100 mil euros por trabalhador, por ano, para o PIB do continente", diz o estudo.
"À medida que a geração de energia eólica se torna numa importante fonte de abastecimento de electricidade na Europa, a indústria do vento desempenha um papel cada vez mais importante para a economia europeia. Em 2010, a contribuição direta do setor chegava aos 10,6 mil milhões de euros, apenas 0,05% do PIB europeu. Estima-se que em 2023 essa contribuição tenha alcançado os 26,2 mil milhões de euros em 2023 (0,11% do PIB), sendo que a maior parte deste crescimento resultou de uma maior geração de energia eólica devido ao aumento da capacidade instalada", acrescenta o relatório, antecioando que esta contribuição para a economia europeia duplique para 0,22% do PIB e mais de 50 mil milhões de euros.
No total, os 27 instalaram no ano passado um recorde de 16,2 GW de capacidade eólica (que já ultrapassa neste momento os 220 GW, ainda que apenas 19,4 GW sejam offshore). A esmagadora maioria das novas turbinas continuam a estar em terra (82%, 13,3 GW) e 1 GW diz respeito ao "repowering" de equipamentos mais antigos. Quanto ao offshore, 2023 também foi um ano de números históricos, com um recorde de 2,9 GW instalados no mar na UE.
"O ano passado registou valores recorde nas instalações, mas, ainda assim, é metade do que devíamos estar a construir para cumprir as metas europeias de renováveis até 2030", adverte a WindEurope. A associação espera que os 27 sejam capazes de instalar 201 GW nos próximos seis anos - a um ritmo médio anual de 29 GW, muito acima dos atuais 16 GW – entre 2024 e 2030. A WindEurope prevê que Portugal instale 2,6 GW de eólico "onshore" até 2030 (abaixo das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Energia e Clima), aos quais se deve somar mais 1 GW de eólico "offshore".
"Apesar de tudo, o cenário é positivo para a energia eólica. O licenciamento melhorou, os investimentos aumentaram e há volumes recorde a serem leiloados e construídos. Os governos europeus comprometeram-se a fortalecer a indústria, que por sua vez está a regressar aos lucros e a construir novas fábricas", disse o CEO da WindEurope, Giles Dickson, acrescentando estar "confiante que em 2030 a energia eólica chegará aos 35% do ‘mix’ energético europeu, face aos atuais 19%. Isto desde que a UE aposte também na construção de novas rede elétricas.
Sobre Portugal, o relatório da WindEurope refere também que o país deverá lançar ainda em 2024 o seu primeiro leilão eólico "offshore" para atribuir 3,5 GW em três locais diferentes da costa portuguesa. O atual Governo já disse que este é um dossier para quem vier a seguir.
Quanto ao eólico offshore e às turbinas que, em pleno mar, transformam o vento em energia elétrica, tanto a Alemanha como os Países Baixos têm sido os principais "motores" de investimento e expansão entre 2015 e 2023. Também França aumentou significativamente a sua aposta nos últimos anos, com o primeiro parque eólico offshore de grande escala concluído em 2022, e outros projetos na calha para entrarem em operação durante 2024 e 2025.
O relatório agora apresentado mostra ainda que o setor eólico emprega atualmente cerca de 320.000 pessoas e contribui de forma direta com perto de 30 mil milhões de euros para o PIB europeu. Olhando para 2030, o documento prevê que os empregos ligados à energia eólica possam aumentar para mais de 560.000 até ao fim da década, o que por sua vez aumentará também o contributo para o PIB para cerca de 53 mil milhões de euros. "Se a Europa agir bem, a contribuição direta do setor eólico para o PIB poderia ser mantida a um nível de 100 mil euros por trabalhador, por ano, para o PIB do continente", diz o estudo.
"À medida que a geração de energia eólica se torna numa importante fonte de abastecimento de electricidade na Europa, a indústria do vento desempenha um papel cada vez mais importante para a economia europeia. Em 2010, a contribuição direta do setor chegava aos 10,6 mil milhões de euros, apenas 0,05% do PIB europeu. Estima-se que em 2023 essa contribuição tenha alcançado os 26,2 mil milhões de euros em 2023 (0,11% do PIB), sendo que a maior parte deste crescimento resultou de uma maior geração de energia eólica devido ao aumento da capacidade instalada", acrescenta o relatório, antecioando que esta contribuição para a economia europeia duplique para 0,22% do PIB e mais de 50 mil milhões de euros.
No total, os 27 instalaram no ano passado um recorde de 16,2 GW de capacidade eólica (que já ultrapassa neste momento os 220 GW, ainda que apenas 19,4 GW sejam offshore). A esmagadora maioria das novas turbinas continuam a estar em terra (82%, 13,3 GW) e 1 GW diz respeito ao "repowering" de equipamentos mais antigos. Quanto ao offshore, 2023 também foi um ano de números históricos, com um recorde de 2,9 GW instalados no mar na UE.
"O ano passado registou valores recorde nas instalações, mas, ainda assim, é metade do que devíamos estar a construir para cumprir as metas europeias de renováveis até 2030", adverte a WindEurope. A associação espera que os 27 sejam capazes de instalar 201 GW nos próximos seis anos - a um ritmo médio anual de 29 GW, muito acima dos atuais 16 GW – entre 2024 e 2030. A WindEurope prevê que Portugal instale 2,6 GW de eólico "onshore" até 2030 (abaixo das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Energia e Clima), aos quais se deve somar mais 1 GW de eólico "offshore".
"Apesar de tudo, o cenário é positivo para a energia eólica. O licenciamento melhorou, os investimentos aumentaram e há volumes recorde a serem leiloados e construídos. Os governos europeus comprometeram-se a fortalecer a indústria, que por sua vez está a regressar aos lucros e a construir novas fábricas", disse o CEO da WindEurope, Giles Dickson, acrescentando estar "confiante que em 2030 a energia eólica chegará aos 35% do ‘mix’ energético europeu, face aos atuais 19%. Isto desde que a UE aposte também na construção de novas rede elétricas.
Sobre Portugal, o relatório da WindEurope refere também que o país deverá lançar ainda em 2024 o seu primeiro leilão eólico "offshore" para atribuir 3,5 GW em três locais diferentes da costa portuguesa. O atual Governo já disse que este é um dossier para quem vier a seguir.