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Endesa: Fatura da luz só desce realmente quando Estado baixar impostos
Num contexto de descarbonização da economia, que impõe a eletrificação do consumo, o presidente da Endesa em Portugal considera incoerente a carga fiscal imposta pelo Estado na fatura da eletricidade.
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O presidente da Endesa em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, aponta o dedo ao Estado na hora de analisar os preços da fatura da luz, afirmando que é o principal culpado dos preços que são exigidos ao consumidor.
"Eu já disse a vários ministros, até de governos anteriores, quando falavam sobre estarem muito preocupados com o preço (...), 'vai ver que mais de 50% vai para impostos e taxas', portanto o Governo é o principal ator, o principal fator de custo na fatura elétrica que pagamos", atirou o líder da Endesa, que acredita que o Estado tomou o setor da energia, em particular o elétrico, "como um grande alforge, um grande saco de coleta e recolha de impostos".
Para Nuno Ribeiro da Silva, esta é uma posição incoerente da parte do Estado num contexto de descarbonização da economia, em que a tendência é eletrificar. Uma trajetória que é impelida pelos compromissos internacionais, como o Acordo de Paris ou as metas apresentadas à Comissão Europeia. "Vemos todos os dias deixarmos de usar gasolina e gasóleo nos carros e passarmos a usar mais eletricidade. Isto também se aplica os fogões lá em casa, usar menos gás e mais eletricidade", exemplifica.
De qualquer forma, o líder da empresa espera que "mais cedo ou mais tarde" o crescimento do recurso a energias limpas também se traduza numa diminuição da fatura.
"Eu já disse a vários ministros, até de governos anteriores, quando falavam sobre estarem muito preocupados com o preço (...), 'vai ver que mais de 50% vai para impostos e taxas', portanto o Governo é o principal ator, o principal fator de custo na fatura elétrica que pagamos", atirou o líder da Endesa, que acredita que o Estado tomou o setor da energia, em particular o elétrico, "como um grande alforge, um grande saco de coleta e recolha de impostos".
De qualquer forma, o líder da empresa espera que "mais cedo ou mais tarde" o crescimento do recurso a energias limpas também se traduza numa diminuição da fatura.