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EDP Renováveis lucra 75 milhões

A EDP Renováveis teve lucros de perto de 75 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, acima do esperado pelos analistas. Um crescimento de 32% face ao ano anterior.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Maio de 2016 às 06:59
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A EDP Renováveis teve lucros de 74,9 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, anunciou a empresa em comunicado à CMVM, antes de se iniciarem as negociações na bolsa. 

Um crescimento de 32% face a igual período do ano passado, e depois de ter apresentado um resultado operacional 35% acima do registado um ano antes. O resultado operacional atingiu os 231,8 milhões de euros, o que compara com os 171,4 milhões do primeiro trimestre do ano passado. E isto mesmo que a subida das provisões e amortizações.

Antes destes items, o resultado operacional (EBITDA) superou os 379,2 milhões de euros, acima dos 295 milhões, ou 29% mais, registados um ano antes.

O CaixaBI antecipava lucros de 69 milhões de euros no primeiro trimestre. A casa de investimento já falava em resultados fortes, depois de serem conhecidos os dados preliminares de produção de energia para os três primeiros meses do ano. Em Abril, a EDP Renováveis revelou que produziu mais 30% de energia verde face a 2015. Essa produção de energia resultou em vendas de electricidade e outros de 452,5 milhões de euros, mais 21% que os 375 milhões um ano antes.

No primeiro trimestre, a EDP Renováveis (EDPR) produziu 7,5 TWh (terawatts/hora) de energia limpa, os tais 30% de crescimento, que a eléctrica atribui ao aumento da capacidade durante os últimos 12 meses e a uma utilização mais elevada da capacidade existente em todas as regiões.

O preço médio de venda totalizou 61 euros/MWh, uma descida de 7% face a igual período do ano anterior. A empresa explica que na Europa, o decréscimo de 7% no preço médio de venda "reflecte, principalmente, o menor preço de mercado em Espanha devido às condições climatéricas e a consolidação dos activos da Eneop em Portugal". Já na América do Norte a descida de 9% (em dólares) é explicada pela "nova capacidade com CAE (produção mais elevada versus preços) e pela evolução dos preços de mercado". No Brasil o decréscimo de 2% (em reais) "reflecte um limite superior no imposto sobre as receitas num parque de 70 MW".

No final de Março, a eléctrica geria uma carteira de activos de 9,7 GW em 10 países, dos quais 5,1 GW na Europa, 4,4 GW na América do Norte e os restantes no Brasil. Nos últimos 12 meses a EDPR adicionou 0,7 GW ao seu portefólio global.


(Notícia actualizada às 7:20 com mais informações)
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