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EDP rejeita responsabilidades nos clientes que perderam tarifa social

Com a atribuição automática da tarifa social, houve 40 mil clientes que perderam o direito a este desconto. A EDP rejeita responsabilidades e diz que está a seguir as indicações do Governo. A eléctrica conta com mais de 600 mil clientes com tarifa social do total de 630 mil beneficiários em Portugal.

19 de Setembro de 2016 às 12:48
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O número de clientes com tarifa social em Portugal cresceu dos 140 mil para os 630 mil este ano com a atribuição automática do benefício. Mas com este novo regime 40 mil lares perderam o direito a este desconto para clientes economicamente carenciados. 

 

A EDP rejeita responsabilidades nos clientes que perderam o direito à tarifa social e diz que limita-se a seguir as instruções do Governo. "O paradigma mudou completamente, a atribuição da tarifa social passou a ser automática. Quem centraliza essa informação é a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG)", disse o presidente da EDP Comercial esta segunda-feira, 19 de Setembro.

 

Num encontro com jornalistas, Miguel Stilwell de Andrade sublinhou que mais de 500 mil clientes da EDP Comercial no mercado liberalizado beneficiam da tarifa social, com este valor a aumentar para mais de 600 mil clientes se forem incluídos os clientes do mercado regulado.

 

Vários casos de clientes que perderam o direito à tarifa social, mas que estarão em condições de o receber, chegaram ao Governo. A DGEG já reforçou a sua equipa para analisar estes casos e verificar-se continuam a ter direito ou não à tarifa social. Os números oficiais apontam para que 40 mil clientes tenham perdido o direito à tarifa social.

 

O administrador da EDP explicou que a empresa recebe uma base de dados da DGEG a informar quais são os clientes que têm ou não o direito à tarifa social. "Nós limitamo-nos a comunicar ao cliente, não opinamos se tem razão ou não", afirmou Miguel Stilwell de Andrade, sublinhando que é normal haverem clientes que percam o direito a este benefício, por terem melhorado as suas condições económicas a dado momento.

 

O novo regime de automatismo implica que os dados dos clientes de energia em Portugal sejam cruzados para apurar os beneficiários deste desconto que pode chegar aos 33%, num trabalho que é coordenado pela DGEG, a Autoridade Tributária e a Segurança Social.

 

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