A EDP terminou 2014 com um resultado líquido de 1.040 milhões de euros, mais 4% do que os 1.005 milhões obtidos em 2013, de acordo com o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

Os analistas consultados pela Reuters estimavam um aumento dos lucros para um valor médio de 1.020 milhões de euros.

Apesar da melhoria dos lucros, a EDP registou uma quebra de 2% da margem bruta para 5,37 mil milhões de euros, enquanto os custos operacionais diminuíram 7% para 1,72 mil milhões de euros.

Já o EBITDA cresceu 1% para 3,6 mil milhões de euros, com a empresa liderada por António Mexia a realçar que esta rubrica foi afectada pela "seca severa no Brasil, alterações regulatórias na Península Ibérica e por um impacto cambial adverso", essencialmente devido à queda do real.

A contribuir para a melhoria do EBITDA esteve o Brasil, as actividades liberalizadas e as redes reguladas na Península Ibérica. Do lado oposto esteve a produção contratada de longo prazo e o eólico e solar.

A dívida líquida da empresa estabilizou em torno dos 17 mil milhões de euros

Nos resultados divulgados esta terça-feira, 3 de Março, a EDP revela ainda que em 2014 diminuiu o número de funcionários em 373 para um total de 11.798. No comunicado, a eléctrica revela que "lançou um programa de pré-reformas, que resultou num custo de 48 milhões de euros" no último trimestre do ano.

(Correcção: As estimativas dos analistas apontavam para 1.020 milhões e não para 1.050 milhões como inicialmente referido)