Notícia
EDP vai reduzir em 21% a componente de energia no preço da eletricidade a partir de janeiro
Na base desta decisão está o facto de a empresa estar a conseguir comprar energia elétrica mais barata nos mercados grossistas. A EDP já tinha avançado em novembro que iria aplicar uma redução média de 15% nesta parcela, mas decidiu agora aumentar este recuo em seis pontos percentuais.
A EDP Comercial anunciou esta quinta-feira uma nova redução na componente da fatura de eletricidade que diz respeito ao preço da energia que cobra aos seus clientes pela eletricidade consumida. A elétrica já tinha avançado em meados de novembro que iria aplicar uma redução média de 15% na parcela denominada de "Energia e Estrutura Comercial", a partir de 1 de janeiro de 2024, mas decidiu agora ampliar este recuo em seis pontos percentuais, para os 21%.
Na base desta decisão está o facto de a empresa estar a conseguir comprar energia elétrica mais barata nos mercados grossistas, o que permite reduzir "até ao máximo" esta parte do preço da eletricidade que é definida pelos comercializadores que operam em mercado livre. Este reforço da redução já anteriormente anunciada passa também pela tentativa de reduzir o impacto das tarifas de acesso às redes para o próximo ano, já anunciadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), e que para as famílias terá um disparo de 316% já no próximo mês.
De acordo com as tarifas para o próximo ano, publicadas pela ERSE na semana passada, os preços no mercado regulado sofrerão uma subida de 3,7% entre dezembro e janeiro (acima dos 1,9% previstos em outubro), o que equivale a um acréscimo entre 1,05 e 3,27 euros, para os níveis de consumo de um casal sem filhos ou com dois filhos, respetivamente. Em termos de variação anual são mais 2,9% nas tarifas reguladas, "em linha com a inflação prevista para 2024", explicou a ERSE.
O regulador ditou também um aumento significativo das tarifas de acesso às redes no próximo ano (que passam de um valor negativo de -30,4 euros para 66 euros por MWh, ou seja, uma subida de 96 euros/MWh no cado dos domésticos). As tarifas de acesso às redes impactam os preços de todos os clientes de eletricidade em Portugal, sem exceção, tanto do mercado livre como do regulado.
"Devido às condições mais favoráveis nos mercados de energia nas últimas semanas e para mitigar o impacto do aumento das Tarifas de Acesso às Redes publicadas pelo regulador, a EDP Comercial decidiu reforçar a redução da componente de preço denominada "Energia e Estrutura Comercial". Assim, a partir de 1 de janeiro, esta componente vai diminuir 21% em comparação com o valor atual, substituindo os 15% anunciados em novembro", disse a EDP em nota enviada ao Negócios.
Apesar desta redução média de 21% anunciada para a única parte da fatura que a empresa realmente controla (além do valor diário cobrado pela potência contratada, ou "aluguer do contador"), a EDP não revela ainda qual será o impacto real do aumento dos preços da eletricidade para os seus clientes em mercado livre, onde detém uma quota de mercado de 68,9% de um total de 5,5 milhões de consumidores.
Os cálculos da ERSE mostram que, tendo em conta apenas o efeito da subida das tarifas de acesso, as famílias do mercado livre podem ter aumentos anuais entre os 106 e 271 euros, o que corresponde, em média, a mais 26,7 ou 29,5% (para um casal sem filhos e com dois filhos, respetivamente).
Em novembro, a EDP reiterou o seu compromisso de "repor a estabilidade e os preços aos seus clientes, que foram impactados com o contexto internacional dos últimos anos".
Já no caso do gás, cujas tarifas finais foram conhecidas em outubro, a EDP tinha já antecipado que a fatura final dos clientes residenciais voltará a descer em janeiro, com uma redução média de 2%.
Em janeiro de 2023 a EDP tinha já comunicado uma descida de 2,5% na componente de eletricidade, a que seguiu uma outra redução em julho (-21%). No gás, as reduções na componente preço foram de 20% em abril e 26% em outubro.
Na base desta decisão está o facto de a empresa estar a conseguir comprar energia elétrica mais barata nos mercados grossistas, o que permite reduzir "até ao máximo" esta parte do preço da eletricidade que é definida pelos comercializadores que operam em mercado livre. Este reforço da redução já anteriormente anunciada passa também pela tentativa de reduzir o impacto das tarifas de acesso às redes para o próximo ano, já anunciadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), e que para as famílias terá um disparo de 316% já no próximo mês.
O regulador ditou também um aumento significativo das tarifas de acesso às redes no próximo ano (que passam de um valor negativo de -30,4 euros para 66 euros por MWh, ou seja, uma subida de 96 euros/MWh no cado dos domésticos). As tarifas de acesso às redes impactam os preços de todos os clientes de eletricidade em Portugal, sem exceção, tanto do mercado livre como do regulado.
"Devido às condições mais favoráveis nos mercados de energia nas últimas semanas e para mitigar o impacto do aumento das Tarifas de Acesso às Redes publicadas pelo regulador, a EDP Comercial decidiu reforçar a redução da componente de preço denominada "Energia e Estrutura Comercial". Assim, a partir de 1 de janeiro, esta componente vai diminuir 21% em comparação com o valor atual, substituindo os 15% anunciados em novembro", disse a EDP em nota enviada ao Negócios.
Apesar desta redução média de 21% anunciada para a única parte da fatura que a empresa realmente controla (além do valor diário cobrado pela potência contratada, ou "aluguer do contador"), a EDP não revela ainda qual será o impacto real do aumento dos preços da eletricidade para os seus clientes em mercado livre, onde detém uma quota de mercado de 68,9% de um total de 5,5 milhões de consumidores.
Os cálculos da ERSE mostram que, tendo em conta apenas o efeito da subida das tarifas de acesso, as famílias do mercado livre podem ter aumentos anuais entre os 106 e 271 euros, o que corresponde, em média, a mais 26,7 ou 29,5% (para um casal sem filhos e com dois filhos, respetivamente).
Em novembro, a EDP reiterou o seu compromisso de "repor a estabilidade e os preços aos seus clientes, que foram impactados com o contexto internacional dos últimos anos".
Já no caso do gás, cujas tarifas finais foram conhecidas em outubro, a EDP tinha já antecipado que a fatura final dos clientes residenciais voltará a descer em janeiro, com uma redução média de 2%.
Em janeiro de 2023 a EDP tinha já comunicado uma descida de 2,5% na componente de eletricidade, a que seguiu uma outra redução em julho (-21%). No gás, as reduções na componente preço foram de 20% em abril e 26% em outubro.