A EDP anunciou esta quarta-feira que assinou um contrato de venda de energia (Power Purchase Agreement - PPA) com a tecnológica Amazon, no Japão, pelo prazo de 20 anos. Este contrato a longo prazo está vinculado ao projeto solar de grande escala que a EDP está a desenvolver na cidade japonesa de Fukushima, com 44 megawatts-pico de capacidade instalada.

De acordo com a elétrica portuguesa, este acordo já tinha sido anunciado ao mercado em julho de 2024, sem que tivesse sido, no entanto, sido revelado o nome deste grande cliente da EDP neste país asiático. 

Neste projeto, a futura central solar de Fukushima (cidade japonesa que ficou "famosa" em 2011 na sequência de um grave acidente nuclear) terá 63 mil painéis solares e deverá gerar mais de 48 gigawatts-hora (GWh) de energia renovável por ano. A previsão é de que a central fotovoltaica esteja em operação até ao final deste ano, refere a EDP.

Este é o segundo contrato de energia de longo prazo firmado entre a EDP e a Amazon na região da Ásia-Pacífico, depois de ter sido assinado o primeiro em 2021, em Singapura. 

"Este contrato estratégico com a Amazon não só reforça o nosso compromisso em fornecer soluções de energia renovável, mas também impulsiona a inovação e promove a resiliência local", disse Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP, em comunicado.

O projeto ficará localizado num antigo campo de golfe na província de Fukushima e deverá estar operacional em 2025. No Japão, a energia solar fotovoltaica é a segunda com maior peso no mix do país, ele próprio o terceiro maior mercado de energia solar fotovoltaica em todo o mundo, com mais de 64 GW de capacidade instalada.

É esperado que até 2030 sejam instalados no Japão cerca de 10 GW de energia eólica onshore e 43 GW de energia solar fotovoltaica, a fim de alcançar os alvos.

Na região Ásia-Pacífico, a EDP tem uma presença pan-regional com mais de 1,5 GWp de capacidade solar comprometida.