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Caso EDP: Elétrica “não fez nem tem intenções de fazer provisões”, diz CEO
Miguel Stilwell de Andrade sublinha que o calendário para o desfecho do caso EDP é “incerto”. Mas a empresa, apesar de ter sido constituída arguida, não tem intenções de fazer quaisquer provisões.
Em julho passado, a EDP foi notificada do estatuto de arguida no âmbito da constituição de Artur Trindade como arguido. Em causa estão suspeitas de que Artur Trindade, quando foi secretário de Estado no Governo de Passos Coelho, terá ajudado a EDP, com o compromisso de, mais tarde, assumir um cargo no OMIP, o que aconteceu em 2016. Também teria, segundo o Ministério Público, contribuído para que a EDP contratasse o pai (que tem o mesmo nome).
Questionado sobre o calendário previsto para a conclusão do processo que levou à suspensão de António Mexia e de Manso Neto, presidente executivo da EDP Renováveis, respondeu que é "incerto". "Mas não esperamos novidades a curto prazo", até porque "os processos judiciais em Portugal demoram alguns anos. Sobre este assunto, não há novidades, não tenho muito mais a acrescentar", afirmou.
A EDP fechou o primeiro semestre deste ano com um resultado líquido de 315 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 22% face ao mesmo período do ano passado.
A elétrica agora liderada por Miguel Stilwell de Andrade justifica a evolução dos resultados com o impacto da pandemia da covid-19, que se refletiu principalmente nas contas do segundo trimestre.