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EDP investe 12 milhões de euros na África Oriental
O investimento da EDP marca o início de uma nova estratégia para a área do acesso à energia em países da África Oriental.
O grupo EDP vai investir 12 milhões de euros em acesso universal a energia sustentável nos próximos três anos, atingindo cerca de 200 mil pessoas, anunciou a EDP no segundo dia do Fórum SEforALL, que se está a realizar no Convento do Beato em Lisboa.
Este investimento marca o início de uma nova estratégia para a área do acesso à energia (A2E- Access to Energy) e vai ser realizado em empresas de produção descentralizada de energia, em países da África Oriental, que se caracterizam por maior estabilidade política, enquadramento regulatório e desenvolvimento económico.
O grupo EDP considera que é uma "oportunidade de a EDP se tornar num operador A2E com relevância em mercados emergentes, com especial ênfase no mercado rural sem ligação às redes eléctricas nacionais (off-grid) com recurso a energias renováveis".
Este investimento será acompanhado pela aplicação de um milhão de euros em actividades de responsabilidade social, no sentido de "reforçar o compromisso da EDP para com a sustentabilidade, nomeadamente através da criação de um fundo filantrópico que terá como missão atenuar a exclusão eléctrica em que ainda vivem mais de mil milhões de pessoas".
Início no Quénia
Em 2009, a Fundação EDP deu início ao programa A2E, com um projecto no campo de refugiados de Kakuma, no Quénia, em colaboração com a ACNUR, então liderada por António Guterres, actual secretário-geral da ONU, a que se seguiu, em 2012, a construção da Cabiri Solar Village em Angola.
Hoje o programa é assumido como uma actividade próxima do core business da EDP, tendo esta investido, desde 2009, cerca de cinco milhões de euros em projectos A2E, beneficiando directamente 20 mil pessoas. O programa conta com uma equipa dedicada ao desenvolvimento de novos projectos e investimentos na geração descentralizada com recurso a fontes renováveis, distribuição e comercialização de energia.
Foram implementados projectos no Quénia, Angola, Brasil, Guine´-Bissau e Benim, e executados projectos de consultoria em São Tomé e Príncipe, Myanmar, Peru, México, Moçambique, Timor e Venezuela.
Esta área de negócio combina responsabilidade social e sustentabilidade económica dos projectos, e pode aproveitar novas oportunidades de internacionalização em países que ainda mantêm parte significativa das suas populações rurais sem acesso à electricidade.