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CEO da Petrobras demite-se devido a crise no Brasil. Acções afundam mais de 15%
O CEO da Petrobras, Pedro Parente, demite-se do cargo de director executivo da petrolífera nacional brasileira. Acções estão a afundar mais de 15%.
As acções da Petrobras na Bolsa de Nova Iorque (onde transaccionam através de ADR - american depository receipt) estão a afundar 15,56% para os 10,015 reais, o que representa a maior queda das últimas 18 semanas.
As acções afundaram depois do líder da Petrobras, Pedro Parente, pedir a demissão do cargo de CEO da petrolífera nacional brasileira esta sexta-feira, 1 de Junho. O director executivo demite-se depois da greve nacional de camionistas forçar o governo a baixar os preços dos combustíveis, segundo avança a Reuters em função do comunicado da empresa.
A petrolífera do Brasil adiantou ainda que a demissão do CEO tem efeitos imediatos e não implica mais alterações no conselho de administração, pelo menos a curto prazo, de acordo com a Lusa.
A greve começou dia 21 mas desde domingo que os camionistas têm voltado "gradualmente ao trabalho", a partir do momento em que o Governo chegou a acordo com os sindicatos para diminuir os preços do gasóleo, de acordo com a Lusa.
A demissão de Pedro Parente marca a saída de um executivo acreditado que transformou a petrolífera brasileira estatal. A empresa que anteriormente à sua liderança era conduzida por uma má administração, por dívidas e corrupção, de acordo com a Reuters.
O director executivo de 65 anos tomou as rédeas da Petrobras em 2016, prometendo mudar a estratégia da empresa ao afastar-se dos interesses do governo e orientando a estratégia da petrolífera para uma visão de mercado. Pedro Parente encarregou-se também de limpar a imagem da Petrobras, depois de vários escândalos que ligavam a empresa à corrupção.
Os ADR, recorde-se, são certificados de depósito representativos de acções de empresas estrangeiras, negociadas em bolsa no país de origem, que são transaccionados em bolsas norte-americanas, como se de acções se tratassem.