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Banco central vê PIB brasileiro a crescer menos um ponto percentual este ano
O Banco Central do Brasil reviu em forte baixa a estimativa de crescimento da economia brasileira para este ano, citando vários factores, incluindo a greve dos camionistas em Maio.
O Banco Central do Brasil reviu em forte baixa a estimativa de crescimento da economia brasileira para este ano, apontando vários factores, incluindo a greve dos camionistas em Maio, que paralisou a maior economia da América do Sul.
No relatório trimestral sobre a inflação, divulgado esta quinta-feira e citado pela Reuters, o banco central prevê que o produto interno bruto (PIB) brasileiro cresça 1,6% este ano, muito abaixo dos 2,6% anteriormente estimados.
Embora reconheça que apenas conseguirá estimar com alguma fiabilidade o impacto económico da paralisação quando forem conhecidos indicadores económicos referentes a Maio e aos meses seguintes, o Banco Central do Brasil refere que os dados preliminares sugerem um impacto "expressivo" na produção e no retalho.
No que toca à inflação, o banco considera provável que esta tenha acelerado em Junho mas que deverá abrandar nos meses seguintes devido a uma retoma económica mais lenta do que o esperado. Assim, a estimativa de inflação para este ano é de 4,2% e de 3,7% para 2019, mantendo as anteriores previsões.
O apoio popular à contestação dos camionistas levou o governo a criar subsídios para o gasóleo e aumentou a incerteza dos investidores quanto aos resultados das eleições presidenciais deste ano. Esta incerteza "empurrou" o real para mínimos de dois anos, aumentando o preço das importações brasileiras.