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Carlyle ultima conversações para fechar compra de 30% da Cepsa

A empresa de "private equity" Carlyle está à frente de outros candidatos na corrida à compra de 30% da energética espanhola Cepsa, numa operação que pode ascender a 3 mil milhões de euros, avança a Reuters. Isto apenas quatro meses depois de a proprietária da Cepsa, Mubadala Investments, ter decidido adiar o seu regresso à bolsa.

Miguel Baltazar
05 de Março de 2019 às 17:28
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A Carlyle, cuja unidade de energia e recursos naturais inclui fundos como o Neptune Energy, poderá conseguir um acordo de compra de 30% da espanhola Cepsa dentro de semanas, comentou à agência noticiosa britânica Reuters uma fonte conhecedora do processo.

 

Nem a Cepsa nem a Carlyle quiseram comentar estas informações.

 

Outras empresas de investimento, como a CVC, Apollo e Macquarie, manifestaram interesse em adquirir uma posição na maior petrolífera espanhola, que é detida pelo fundo de riqueza soberano Mubadala Investment Company, de Abu Dhabi.

 

No entanto, a Carlyle tem surgido como a compradora favorita neste processo que está a ser conduzido pela Rothschild, declararam várias fontes à Reuters. Não foi ainda, porém, finalizado ou celebrado um acordo.

 

Em outubro passado, a Mubadala desistiu do plano de listar 25% da Cepsa na Bolsa de Madrid, justificando com o o clima de incerteza nos mercados internacionais e a falta de apetite por parte dos investidores mundiais.

 

A Cepsa reportou uma queda de 15% do seu lucro anual ajustado em 2018, para 754 milhões de euros.

 

A incerteza política na Europa, as tensões políticas nos EUA e a desaceleração económica mundial, a par com as tensões comerciais entre Washington e Pequim e as sanções contra o Irão e a Rússia, travaram uma série de entradas em bolsa nos últimos meses.

 

As receitas das ofertas públicas iniciais (IPO) caíram 83% para 2,6 mil milhões de dólares em janeiro, quando comparadas com o mês homólogo do ano passado, segundo os dados da Refinitiv. No setor da energia, um dos recuos na prevista entrada em bolsa foi protagonizado pela Saudi Aramco.

 

Só na Europa, as receitas das entradas em bolsa afundaram 97% nos primeiros dois meses do ano.

 

Por cá, também houve vários cancelamentos de entrada em bolsa nos últimos meses.

 

A 16 de janeiro, a Science 4you anunciou o cancelamento da sua oferta pública de venda e entrada em bolsa. Antes, duas outras empresas desistiram de operações de mercado. A primeira foi a Sonae MC, que desistiu da operação de entrada em bolsa, seguindo-se a Vista Alegre que tinha uma operação de aumento de capital, cujo objetivo era elevar a dispersão de capital e ascender ao PSI-20.

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