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Bruxelas abre investigação aprofundada à fusão entre gigantes alemãs de energia
A compra da Innogy pela E.ON levantou algumas dúvidas à Comissão Europeia sobre eventuais entraves à concorrência nos setores do gás e eletricidade em vários países europeus.
A Comissão Europeia abriu uma investigação aprofundada à compra da Innogy pela EON para apurar se a operação pode colocar entraves à concorrência no setor de energia em vários Estados-membros.
Como a responsável pela pasta comunitária da Concorrência, Margrethe Vestager, explica em comunicado, "as famílias e os clientes empresariais europeus devem poder comprar eletricidade e gás a preços competitivos". Por isso, "a nossa investigação aprofundada visa assegurar que a aquisição da Innogy pela E.ON permite que continue a haver concorrência no mercado e não leve a aumentos de preços".
A operação implica a troca de ativos entre a E.ON e a Innogy, empresa de energia renovável da RWE. O negócio prevê que a E.On adquiriria o negócio de distribuição enquanto a RWW ficaria com os ativos de geração de eletricidade da E.ON. Esta última parte da operação já teve luz verde de Bruxelas no final do fevereiro.
Ao juntar os ativos das empresas alemãs, o negócio implica o nascimento de uma grande comercializadora e transportadora de energia. Com os activos da Innogy, a E.ON vai ficar com capacidade de competir face às suas rivais europeias como a Enel, Iberdrola e Engie, empresas que tinham a intenção de avançar para a compra da Innogy.
Tendo em conta este cenário, a Comissão Europeia decidiu aprofundar a investigação tendo agora que tomar uma decisão até 23 de julho.