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BP planeia cortar remuneração máxima do CEO em 3,4 milhões

A petrolífera britânica planeia cortar a remuneração máxima do CEO, Bob Dudley, em mais de 3,4 milhões de euros durante os próximos três anos. A BP tenta assim evitar a rebelião dos accionistas que enfrentou no ano passado.

Bloomberg
06 de Abril de 2017 às 18:44
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A BP planeia cortar a remuneração máxima do CEO, Bob Dudley, em cerca de 3,7 milhões de dólares (mais de 3,4 milhões de euros no câmbio actual) durante os próximos três anos. O objectivo deste corte é evitar a rebelião dos accionistas que a petrolífera britânica teve de enfrentar no ano passado, de acordo com a Bloomberg.

Com esta redução, que exclui pensões, Bob Dudley deixa de receber 19 milhões de dólares para passar a receber 15,3 milhões de dólares. Assim, o líder da empresa vai ganhar, no máximo, cinco vezes o seus salário base, isto no âmbito do plano de incentivos de longo prazo da empresa. Antes desta resolução, a política de remuneração aceitava que fossem pagos até sete vezes o salário base.

A maioria dos accionistas da BP, relata a agência, opuseram-se no ano passado à proposta para aumentar o salário de Bob Dudley em 20%, isto depois da companhia ter reportado perdas líquidas recordes em 2015 e terem procedido a milhares de cortes em postos de trabalho. Ainda assim, de acordo com a BBC, como o voto dos accionistas não era vinculativo, o CEO recebeu o prémio de 20%.

Contudo, e dado o descontentamento dos investidores, a empresa procedeu a uma revisão da sua política remuneratória.


"A proposta de política remuneratória está desenhada para assegurar uma ligação clara entre a estratégia que é executada pela BP e os pagamentos", revelou esta quinta-feira, 6 de Abril, a empresa, citada pela BBC. "A partir de 2017, propomos uma abordagem simplificada com uma redução significativa nos níveis globais de remuneração", acrescenta.

Ann Dowling, líder do comité de remunerações da empresa inglesa, aponta, citada pela Bloomberg, que "a votação sobre as remunerações na Assembleia Geral do ano passado foi uma mensagem clara sobre como gerimos os pagamentos dos executivos". A responsável concluiu que ficou claro que os accionistas "gostariam que a nossa política remuneratória fosse mais simples, mais transparente".

A BP vai, a 17 de Maio, pedir aos accionistas que aprovem esta nova política remuneratória. As políticas remuneratórias da BP são aprovadas a cada três anos.

Para se ter uma ideia, o líder da Royal Dutch Shell, Ben Van Beuden, viu a sua remuneração subir 54% no ano passado para 8,59 milhões de euros, de acordo com a Bloomberg. Este valor distribuísse entre 1,4 milhões de euros em salário, 2,4 milhões de euros em bónus e 4,38 milhões de euros em prémios em acções, de acordo com agência de informação. 

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