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Bélgica fecha acordo para prolongar operação de dois reatores nucleares

Esta expansão servirá para garantir a segurança enérgica do país para a próxima década, num projeto conjunto entre o Estado belga e a elétrica Engie.

Reuters
09 de Janeiro de 2023 às 23:21
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O governo belga e a empresa de eletricidade Engie chegaram a um acordo para prolongar a operação de dois reatores nucleares durante dez anos, a partir de novembro de 2026, para garantir o fornecimento de energia.

"Com estas decisões, pode começar amanhã o trabalho para a expansão dos dois reatores nucleares mais modernos [Tihange 3 e Doel 4]", destacou o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo (na foto), em conferência de imprensa.

Esta expansão servirá para garantir a segurança enérgica do país para a próxima década, num projeto conjunto entre o Estado belga e a elétrica Engie.

Bruxelas tinha anunciado em março do ano passado que Tihange 3 e Doel 4 funcionariam até ao final de 2035, apesar de estarem a decorrer as negociações para a aplicação desta medida com a Engie.

O Estado belga e a empresa de energia, que opera sete reatores nucleares na Bélgica, já tinham acordado uma gestão 50/50 dos dois reatores teriam o funcionamento prolongado, noticiou a agência France-Presse (AFP).

A partir de agora, a aposta do Estado no princípio da limitação dos custos da gestão dos resíduos - solicitado pelo operador - permite passar à fase seguinte, de "iniciar de imediato" os estudos prévios ao alargamento da Doel 4 e Tihange 3, perto de Antuérpia (norte) e Liège (leste), respetivamente.

Trata-se de estudos ambientais e técnicos prévios ao sinal verde que terá de ser dado pela autoridade belga de controlo nuclear.

"Através deste acordo, as duas partes confirmam o objetivo de implementar os seus melhores esforços para reiniciar as unidades nucleares de Doel 4 e Tihange 3 em novembro de 2026", destacou ainda o governo belga e a Engie num comunicado de imprensa.

A meta inicial era encerrar as centrais nucleares belgas até 2025, mas foi revista com o início da guerra na Ucrânia e o corte no fornecimento de gás russa à Europa, em resposta às sanções económicas aplicadas pelo Ocidente a Moscovo.

O consumo de gás natural recuou, na União Europeia (UE), 20,1% entre agosto e novembro, face à média do mesmo período entre 2017 e 2021, divulgou em dezembro o Eurostat.

Uma decisão do Conselho da UE fixou, como parte da estratégia da diminuição da dependência energética face à Rússia, uma meta de redução de 15% no consumo de gás natural no período entre agosto de 2022 e março de 2023, face à média do mesmo período em cinco anos consecutivos.
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