Notícia
Atuais preços da Península Ibérica justificam interconexões elétricas através de novo investimento
A Comissão Europeia defende que os atuais preços elevados da eletricidade na Península Ibérica "sublinham a necessidade" de construir interconexões, integradas num investimento adicional estimado de 29 mil milhões de euros na rede elétrica europeia até 2030.
17 de Maio de 2022 às 18:25
No rascunho da comunicação sobre o pacote energético REpowerEU, que deverá ser divulgado na quarta-feira e ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, o executivo comunitário estima que sejam "necessários mais 29 mil milhões de euros em investimentos adicionais na rede elétrica [europeia] até 2030, para a tornar apta para uma maior utilização e produção de eletricidade", infraestruturas nas quais se incluem interconexões ibéricas.
Para Bruxelas, "os atuais preços elevados da eletricidade na Península Ibérica sublinham a importância de melhorar as interconexões elétricas transfronteiriças como uma forma rentável de assegurar um fornecimento de eletricidade seguro e acessível".
Por isso, segundo o rascunho da comunicação a que a Lusa teve acesso, "a Comissão continuará a apoiar e encorajar as autoridades espanholas e francesas a acelerar a implementação dos três projetos de interesse comum existentes através do Grupo de Alto Nível Sudoeste Europeu, com o objetivo de aumentar a capacidade de interligação entre a Península Ibérica e a França".
Em causa está REPowerEU, o plano para aumentar a resiliência do sistema energético europeu e tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, no seguimento da guerra da Ucrânia e dos problemas no abastecimento.
O plano visa, então, diversificar os abastecimentos, substituir os combustíveis fósseis através da transição para energia limpa, combinar investimentos e reformas e ainda poupar energia, metas alinhadas com o programa Objetivo 55, que prevê uma redução de 55% das emissões poluentes até 2030.
Na comunicação, o executivo comunitário apresenta uma lista de projetos de interesse comum para "um sistema interligado com uma maior quota de fontes de energia renováveis", ao nível elétrico.
E aqui encontram-se as "interconexões e ligações ibéricas para os Estados-membros insulares, [que] estão em preparação há muitos anos".
"Estes projetos devem agora também ser acelerados para completar a infraestrutura europeia", salienta a Comissão Europeia no documento.
A comunicação da Comissão Europeia surge numa altura de conflito na Ucrânia provocado pela invasão russa, tensões geopolíticas essas que têm vindo a pressionar o mercado elétrico da União Europeia, com os preços a baterem máximos.
Dados de Bruxelas revelam que a inflação da luz aumentou de taxas negativas no primeiro trimestre de 2021, para 34,3% no primeiro trimestre de 2022.
Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto - a eletricidade - quando este entra na rede.
Foi, aliás, por isso que Portugal e Espanha chegaram a acordo político com a Comissão Europeia sobre um mecanismo temporário ibérico para estabelecer um teto ao preço de gás para produção de eletricidade, que ainda necessita de aval formal e final de Bruxelas.
Na comunicação do REpowerEU, o executivo comunitário vinca ainda que "o armazenamento de energia desempenha um papel significativo na garantia da flexibilidade e segurança do abastecimento no sistema energético, facilitando a integração da produção renovável, apoiando a rede, e deslocando a energia para o momento em que esta é mais necessária".
Para Bruxelas, "os atuais preços elevados da eletricidade na Península Ibérica sublinham a importância de melhorar as interconexões elétricas transfronteiriças como uma forma rentável de assegurar um fornecimento de eletricidade seguro e acessível".
Em causa está REPowerEU, o plano para aumentar a resiliência do sistema energético europeu e tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, no seguimento da guerra da Ucrânia e dos problemas no abastecimento.
O plano visa, então, diversificar os abastecimentos, substituir os combustíveis fósseis através da transição para energia limpa, combinar investimentos e reformas e ainda poupar energia, metas alinhadas com o programa Objetivo 55, que prevê uma redução de 55% das emissões poluentes até 2030.
Na comunicação, o executivo comunitário apresenta uma lista de projetos de interesse comum para "um sistema interligado com uma maior quota de fontes de energia renováveis", ao nível elétrico.
E aqui encontram-se as "interconexões e ligações ibéricas para os Estados-membros insulares, [que] estão em preparação há muitos anos".
"Estes projetos devem agora também ser acelerados para completar a infraestrutura europeia", salienta a Comissão Europeia no documento.
A comunicação da Comissão Europeia surge numa altura de conflito na Ucrânia provocado pela invasão russa, tensões geopolíticas essas que têm vindo a pressionar o mercado elétrico da União Europeia, com os preços a baterem máximos.
Dados de Bruxelas revelam que a inflação da luz aumentou de taxas negativas no primeiro trimestre de 2021, para 34,3% no primeiro trimestre de 2022.
Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto - a eletricidade - quando este entra na rede.
Foi, aliás, por isso que Portugal e Espanha chegaram a acordo político com a Comissão Europeia sobre um mecanismo temporário ibérico para estabelecer um teto ao preço de gás para produção de eletricidade, que ainda necessita de aval formal e final de Bruxelas.
Na comunicação do REpowerEU, o executivo comunitário vinca ainda que "o armazenamento de energia desempenha um papel significativo na garantia da flexibilidade e segurança do abastecimento no sistema energético, facilitando a integração da produção renovável, apoiando a rede, e deslocando a energia para o momento em que esta é mais necessária".