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Apetro admite que há "número significativo" de postos sem combustível

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) afirmou à Lusa que os consumidores estão a correr às bombas para atestar os depósitos e admitiu que existe já "um número significativo" de postos sem combustível.

Bloomberg
16 de Abril de 2019 às 20:21
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"Perante as notícias que vêm a público, há uma greve que não tem fim à vista anunciado, que está a causar perturbações no natural abastecimento dos postos. É natural que as pessoas se sintam preocupadas e tentem antecipar os abastecimentos na medida do que podem [...], mas nestas situações há sempre uma corrida às bombas", disse à Lusa António Comprido, da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro).

 

Em causa está a greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) por tempo indeterminado, que começou às 00:00 de segunda-feira.

 

Na base do protesto está a reivindicação pelo reconhecimento da categoria profissional específica.

 

Apesar de não adiantar mais detalhes, o responsável da Apetro indicou que existe já "um número significativo" de postos sem combustível.

 

"Os postos, nomeadamente, aqueles que têm uma grande rotação de consumo, são abastecidos em intervalos de tempo bastante pequenos, alguns diariamente, outros de dois em dois dias ou de três em três dias. Se já estiverem há um ou dois dias sem serem abastecidos, é provável que comece a haver muitos sem combustível. São tantos, a cada hora que passa, mais ficarão nessa situação", sublinhou. 

 

António Comprido referiu ainda que o normal funcionamento dos postos "vai demorar" a ser reposto, notando que "a situação só será resolvida se acabar a greve e se não houver restrições ao abastecimento".

 

A Apetro disse ainda ter conhecimento de que, dentro dos serviços mínimos, está a ser preparada uma operação que visa abastecer os aeroportos. "Está a ser feito o possível pelas empresas petrolíferas e transportadores", afirmou.

 

Os serviços mínimos "apenas referem uma percentagem do abastecimento que ocorre em situações normais, portanto, vamos manter-nos numa situação de escassez, mesmo que se consigam cumprir os serviços mínimos na totalidade, o que não está ainda a acontecer", assegurou.

 

Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

 

A greve deixou o aeroporto de Faro sem ser abastecido desde segunda-feira e o de Lisboa desde hoje, com a ANA -- Aeroportos de Portugal a admitir "disrupções operacionais".

 

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) apelou aos cidadãos para que deem prioridade aos veículos de emergência médica nos postos de abastecimento, explicando que todas as viaturas foram atestadas de manhã.

 

 

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