Notícia
"Aliança de hidrogénio" entre Canadá e Alemanha abre caminho à Europa
À chegada ao Canadá, o líder do Governo alemão realçou que o país pretende ser parceiro dos canadianos no hidrogénio verde, lembrando, no entanto, que atualmente o gás natural continua a ser necessário.
24 de Agosto de 2022 às 02:50
Canadá e Alemanha estabeleceram uma "aliança de hidrogénio" que abre caminho a uma "cadeia de abastecimento transatlântica", num momento em que a Europa procura reduzir a dependência energética da Rússia.
"Este é um voto de confiança no Canadá, como líder em energia limpa", sublinhou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, durante uma conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na terça-feira.
Para o chefe do governo canadiano, o mundo "não pode continuar a contar com países autoritários que, como a Rússia, instrumentalizam a política energética", numa referência à chantagem que a Europa diz estar a sofrer por parte de Moscovo, desde que foram impostas sanções pelo Ocidente devido à invasão russa da Ucrânia.
"Temos que falar sobre restrições a curto prazo e do gás natural liquefeito (GNL). Mas, a longo prazo, o verdadeiro potencial está no hidrogénio verde das províncias do Atlântico", salientou Scholz.
À chegada ao Canadá, o líder do Governo alemão realçou que o país pretende ser parceiro dos canadianos no hidrogénio verde, lembrando, no entanto, que atualmente o gás natural continua a ser necessário.
No entanto, Trudeau minimizou a probabilidade de exportações diretas de gás para a Alemanha, devido a restrições e custos logísticos.
Com esta parceria, Otava pretende tornar-se "um grande exportador de hidrogénio e das tecnologias limpas associadas", o que é de particular interesse para Berlim, que procura "importar quantidades significativas de hidrogénio renovável para descarbonizar a indústria", mas também para se emancipar das energias russas.
As primeiras entregas de hidrogénio estão previstas para 2025, de acordo com uma declaração de intenções conjunta assinada, em Stephenville, entre Scholz, que efetua uma visita de três dias ao Canadá, e Trudeau.
Nesta cidade canadiana, na costa atlântica, a empresa norte-americana World Energy GH2 Inc. pretende construir uma unidade de produção de hidrogénio alimentada por um parque eólico de 164 turbinas de um gigawatt.
O hidrogénio verde ou renovável é produzido por eletrólise, ou seja, a separação de oxigénio e hidrogénio da água utilizando uma corrente elétrica, esta mesma obtida através de energias renováveis.
Ainda dentro desta aliança, Otava procura desenvolver a produção e exportação de hidrogénio verde no Canadá para "uso doméstico, para exportação para a Alemanha, o mercado europeu mais amplo e para a Ásia", de acordo com o documento assinado pelos dois países.
Berlim, por sua vez, quer apoiar os importadores alemães de hidrogénio, com o desenvolvimento de um "corredor comercial internacional" com o Canadá e outros países.
Para isso, as duas nações planeiam padronizar as regras de "produção, distribuição e comercialização e uso do hidrogénio".
A aliança também visa fortalecer a investigação e o desenvolvimento neste setor ainda embrionário, bem como as infraestruturas portuárias canadianas e alemãs.
"Este é um voto de confiança no Canadá, como líder em energia limpa", sublinhou o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, durante uma conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na terça-feira.
"Temos que falar sobre restrições a curto prazo e do gás natural liquefeito (GNL). Mas, a longo prazo, o verdadeiro potencial está no hidrogénio verde das províncias do Atlântico", salientou Scholz.
À chegada ao Canadá, o líder do Governo alemão realçou que o país pretende ser parceiro dos canadianos no hidrogénio verde, lembrando, no entanto, que atualmente o gás natural continua a ser necessário.
No entanto, Trudeau minimizou a probabilidade de exportações diretas de gás para a Alemanha, devido a restrições e custos logísticos.
Com esta parceria, Otava pretende tornar-se "um grande exportador de hidrogénio e das tecnologias limpas associadas", o que é de particular interesse para Berlim, que procura "importar quantidades significativas de hidrogénio renovável para descarbonizar a indústria", mas também para se emancipar das energias russas.
As primeiras entregas de hidrogénio estão previstas para 2025, de acordo com uma declaração de intenções conjunta assinada, em Stephenville, entre Scholz, que efetua uma visita de três dias ao Canadá, e Trudeau.
Nesta cidade canadiana, na costa atlântica, a empresa norte-americana World Energy GH2 Inc. pretende construir uma unidade de produção de hidrogénio alimentada por um parque eólico de 164 turbinas de um gigawatt.
O hidrogénio verde ou renovável é produzido por eletrólise, ou seja, a separação de oxigénio e hidrogénio da água utilizando uma corrente elétrica, esta mesma obtida através de energias renováveis.
Ainda dentro desta aliança, Otava procura desenvolver a produção e exportação de hidrogénio verde no Canadá para "uso doméstico, para exportação para a Alemanha, o mercado europeu mais amplo e para a Ásia", de acordo com o documento assinado pelos dois países.
Berlim, por sua vez, quer apoiar os importadores alemães de hidrogénio, com o desenvolvimento de um "corredor comercial internacional" com o Canadá e outros países.
Para isso, as duas nações planeiam padronizar as regras de "produção, distribuição e comercialização e uso do hidrogénio".
A aliança também visa fortalecer a investigação e o desenvolvimento neste setor ainda embrionário, bem como as infraestruturas portuárias canadianas e alemãs.