Notícia
Acções da RWE e da EON disparam com fusão entre gigantes alemães de energia
A compra pela EON da empresa de energias renováveis Innogy que pertence à RWE vai permitir criar duas grandes energéticas alemãs capazes de competirem com as suas rivais europeias.
Duas das maiores empresas do sector energético alemão estão prestes a fundir-se. A EON vai comprar a Innogy, empresa de energia renovável da RWE, um negócio avaliado em 22 mil milhões de euros.
A EON vai ficar assim com as unidades de retalho e de transporte de energia das duas empresas, enquanto a RWE vai ficar com o negócio de renováveis assim como parte da EON, avança a Bloomberg esta segunda-feira, 12 de Março.
O acordo está avaliado em 43 mil milhões de euros. A transacção implica que a EON passa a deter 76,8% da Innogy, com a RWE a receber 16,7% da EON. A EON também vai pagar cerca de cinco mil milhões de euros para comprar as acções detidas por minoritários, enquanto a RWE vai pagar 1,5 mil milhões à EON, empresa que chegou a estar na corrida à compra de 21% da EDP que foram privatizados em 2011.
Deste negócio vai assim nascer uma grande comercializadora e transportadora de energia, e uma empresa somente de produção de electricidade com um portefólio importante de energias renováveis.
Com os activos da Innogy, a EON vai ficar com capacidade de competir face às suas rivais europeias como a Enel, Iberdrola e Engie, empresas que tinham a intenção de avançar para a compra da Innogy.
As acções da Innogy dispararam 16% em Frankfurt, atingindo 40 euros. Já a EON sobe 6,3%, enquanto a RWE registou a maior subida desde Dezembro de 2015, apreciando mais de 14%.
A fusão acontece sete anos depois do acidente nuclear de Fukushima, altura em que a energia nuclear começou a ser bastante criticada na Alemanha. Pressionada pela opinião pública, Angela Merkel anunciou o encerramento das centrais nucleares do país até 2022. Ao mesmo tempo, o Governo alemão lançou o programa de transição energética "Energiewende", que promoveu as energias renováveis no país.
Apanhadas no meio desta transição energética, tanto a EON como a RWE viram o seu valor de mercado cair, registaram milhões de perdas, e perderam peso face às suas grandes rivais europeias, como a italiana Enel e a Electricite de France.
"Esta é uma hipótese para duas empresas-chave alemãs de energia", disse o deputado Joachim Pfeiffer do partido CDU/CSU, a força de Angela Merkel. "Há 15 anos, estas empresas eram actores globais. Agora olhem para elas, são uma sombra do que foram. Agora têm a oportunidade de se tornarem importantes de novo, tanto na Alemanha como na Europa".
No entanto, empresas do sector energético já estão a alertar para os riscos de concentração no mercado com esta operação. "Uma mega-empresa está a ser criada, sem paralelo no mercado. Isto é um perigo para a concorrência no mercado energético e pode levar a preços mais elevados para os consumidores. Esta fusão deve ser escrutinada", defendeu Wilfried Gillrath, director da Lichtblick SE, empresa que comercializa energia renovável.
A EON vai ficar assim com as unidades de retalho e de transporte de energia das duas empresas, enquanto a RWE vai ficar com o negócio de renováveis assim como parte da EON, avança a Bloomberg esta segunda-feira, 12 de Março.
Deste negócio vai assim nascer uma grande comercializadora e transportadora de energia, e uma empresa somente de produção de electricidade com um portefólio importante de energias renováveis.
Com os activos da Innogy, a EON vai ficar com capacidade de competir face às suas rivais europeias como a Enel, Iberdrola e Engie, empresas que tinham a intenção de avançar para a compra da Innogy.
As acções da Innogy dispararam 16% em Frankfurt, atingindo 40 euros. Já a EON sobe 6,3%, enquanto a RWE registou a maior subida desde Dezembro de 2015, apreciando mais de 14%.
A fusão acontece sete anos depois do acidente nuclear de Fukushima, altura em que a energia nuclear começou a ser bastante criticada na Alemanha. Pressionada pela opinião pública, Angela Merkel anunciou o encerramento das centrais nucleares do país até 2022. Ao mesmo tempo, o Governo alemão lançou o programa de transição energética "Energiewende", que promoveu as energias renováveis no país.
Apanhadas no meio desta transição energética, tanto a EON como a RWE viram o seu valor de mercado cair, registaram milhões de perdas, e perderam peso face às suas grandes rivais europeias, como a italiana Enel e a Electricite de France.
"Esta é uma hipótese para duas empresas-chave alemãs de energia", disse o deputado Joachim Pfeiffer do partido CDU/CSU, a força de Angela Merkel. "Há 15 anos, estas empresas eram actores globais. Agora olhem para elas, são uma sombra do que foram. Agora têm a oportunidade de se tornarem importantes de novo, tanto na Alemanha como na Europa".
No entanto, empresas do sector energético já estão a alertar para os riscos de concentração no mercado com esta operação. "Uma mega-empresa está a ser criada, sem paralelo no mercado. Isto é um perigo para a concorrência no mercado energético e pode levar a preços mais elevados para os consumidores. Esta fusão deve ser escrutinada", defendeu Wilfried Gillrath, director da Lichtblick SE, empresa que comercializa energia renovável.