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OPEP retoma reuniões presenciais perante receios de recessão internacional

Especula-se sobre um eventual corte da produção como resposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ao arrefecimento da economia.

Há vários fatores prontos a entrar em ação que poderão manter as cotações do “ouro negro” em alta.
Fabian Bimmer/Reuters
01 de Outubro de 2022 às 15:12
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A OPEP+, o grupo integrado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, reúne-se quarta-feira pela primeira vez presencialmente desde março de 2020, num momento em que crescem os receios de uma recessão internacional.

 

Depois da emergência provocada pela pandemia de covid-19, a reunião vai decorrer em Viena e deve contar com os representantes dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderados pela Arábia Saudita, e os seus 10 aliados, liderados pela Rússia, especulando-se sobre um eventual corte da produção como resposta ao arrefecimento da economia.

 

Ambos os valores de referência globais em bruto caíram acentuadamente desde a última reunião em setembro, oscilando em torno dos 80 dólares, muito longe dos máximos de 139,13 dólares para o Brent do Mar do Norte e 130,50 dólares para o WTI em março, no início da guerra na Ucrânia.

 

Antes da pandemia, os produtores encontravam-se duas vezes por ano na capital austríaca, mas desde a primavera de 2020, os 23 membros têm vindo a reunir-se todos os meses, por videoconferência, para afinar os seus objetivos face a uma procura volátil.

 

Na primavera de 2020, a OPEP+ tinha decidido deixado voluntariamente milhões de barris no subsolo para não inundar o mercado com petróleo que não podiam absorver por causa de confinamentos e restrições sanitárias.

 

Uma vez ultrapassados os confinamentos, a OPEP+ decidiu aumentar novamente a produção em 2021. Contudo, face aos receios de recessão, a aliança optou no início de setembro por uma redução dos volumes, que pode agora optar por acelerar.

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