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Zoo de Lisboa sem financiamento para cumprir normas europeias

O Zoo de Lisboa «não tem a totalidade do dinheiro» para cumprir as normas exigidas pela UE, disse ao Negocios.pt o administrador Salema Garção, estando «a aguardar pacientemente» a ajuda da CML e do Governo. O investimento ascende aos 45 milhões de euros.

15 de Novembro de 2002 às 17:22
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O Jardim Zoológico de Lisboa «não tem a totalidade do dinheiro» para cumprir as normas exigidas pela União Europeia, disse ao Negocios.pt o administrador Salema Garção, estando «a aguardar pacientemente» a ajuda da Câmara Municipal de Lisboa e do Governo. O investimento ascende aos 45 milhões de euros.

Salema Garção, à margem do lançamento do novo «site» do Zoo, disse ao Negocios.pt que «o que nós precisamos é fazer uma série de investimentos de acordo com as normas da União Europeia e para esses investimentos não temos a totalidade do dinheiro», reforçando que «daí termos tentado sensibilizar a Câmara Municipal de Lisboa e o Governo».

«Em Maio de 2000 foi assinado um protocolo de intenções que não passou disso, porque já passaram mais de dois anos e meio e nada aconteceu», segundo a mesma fonte. «Nós vamos aguardando pacientemente, mas os prazos estão a encolher-se».

O administrador salientou que a conjuntura política não ajudou o processo, uma vez que se procedeu à mudança de Governo, mas que sete meses após a tomada de posse do novo Executivo ainda não foram restabelecidas as conversações.

A União Europeia está prestes a fazer um ultimato a dez dos quinze países que não estejam a cumprir a norma, para o regime nacional, onde Portugal está incluído. Existem três obras necessárias para que o Zoo cumpra estas normas, a construção da Gorilândia, um hospital veterinário e o habitat dos tigres.

O mesmo responsável afirmou que «a verba ascende a 45 milhões de euros, dos quais 25 milhões de euros são atribuídos à CML e ao Governo, em partes iguais. O remanescente eram da responsabilidade do Zoo que os assume».

O Zoo, com os 20 milhões de euros «não consegue cumprir a norma e poderá ter que recorrer a financiamentos bancários, o que é desaconselhavel, porque isso vai gerar encargos financeiros brutais e o Zoo passará a viver com dificuldades financeiras» disse Salema Garção.

«O Zoo vai cumprir, a CML e o Governo têm que se envolver e mesmo que não se envolvam temos que cumprir», reforçando que «ninguém vai fechar o Zoo de Lisboa».

Em 2002, o Zoo fez um investimento na jaula dos primatas que deixaram de estar enjaulados e vão realizar a 10ª Gala através de um patrocínio concedido pela Siemens que irá possibilitar realizar obras no solar dos leões.

O investimento realizado, em 2002, irá ascender «entre os 125 e os 150 mil euros» «o Zoo de Lisboa está bem financeiramente».

Zoo prevê facturar entre 7 a 8 milhões de euros

O Zoo de Lisboa, em 2002, prevê facturar «entre 7 a 8 milhões de euros», sendo que «tem havido sempre crescimento, na casa dos 6 a 7%» disse Salema Garção.

Em 2002, o Zoo teve «cerca de 800 mil visitantes, mesmo com o tempo a não ajudar», mais 2% do que no ano passado disse o administrador.

Em 2003, a entidade prevê um crescimento na mesma proporção do que tem acontecido nos anos anteriores, sendo o factor clima um condicionante importante. No próximo ano, entre a Primavera e o Verão «vamos fazer a instalação de um animal altamente mediático e rarissímo» afirmou o responsável, sem querer avançar detalhes.

Por Ana Pereira

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