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Voo direto entre Portugal e China suspenso até fevereiro devido a surto em Xian

As autoridades chinesas exigiram esta terça-feira "medidas mais rígidas" à cidade de Xian, que está sob confinamento desde 23 de dezembro para conter um surto de covid-19.

A China Eastern e a norte-americana Southwest foram as companhias que cancelaram mais voos.
Mário Cruz/Lusa
04 de Janeiro de 2022 às 11:47
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As autoridades de Xian suspenderam a ligação aérea direta com Lisboa, durante o mês de janeiro, numa altura em que a cidade chinesa enfrenta um grave surto de covid-19, que obrigou a um confinamento total.

Xian é o destino da única ligação aérea direta entre a China e Portugal. O voo, com uma frequência por semana e operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, só será retomado no início de fevereiro, disse à agência Lusa fonte da companhia aérea.

As autoridades chinesas exigiram esta terça-feira "medidas mais rígidas" à cidade de Xian, que está sob confinamento desde 23 de dezembro para conter um surto de covid-19.

Liu Guozhong, secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) na província de Shaanxi, província cuja capital é Xian, garantiu que "medidas mais rígidas e precisas" são necessárias para reverter a situação, incluindo "regular o confinamento com mais rigor e sem erros".

As medidas incluem a realização de mais testes de ácido nucléico - já foram realizadas oito rodadas de testes massivos -- e o isolamento para quem testar positivo e respetivos contactos próximos.

A cidade somou já 1.663 infeções, desde que detetou os primeiros casos de covid-19, no início de dezembro do ano passado.

O responsável destacou a garantia de fornecer bens alimentares à população, bem como a cobertura das necessidades básicas, num momento em que nas redes chinesas alguns residentes criticam a gestão das autoridades pela falta de abastecimento.

Dois quadros locais do Partido Comunista foram removidos dos seus cargos, devido à sua resposta insatisfatória ao surto, de acordo com a imprensa local.

O vice-diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da cidade, Chen Zhijun, disse ao jornal The Paper que o "bloqueio só será suspenso quando não houver mais casos".

"Temos uma meta, que é atingir 'zero casos' de infeção por transmissão local. Vamos suspender gradualmente as restrições quando chegarmos lá", disse Chen.

O número total de infetados ativos na China continental agora é de 3.256, dos quais 1.783 em Xian. Segundo relatos oficiais, desde o início da pandemia, 102.841 pessoas foram infetadas em todo o país, entre as quais 4.636 morreram.

A China segue uma estratégia de "zero casos" com restrições de fronteira muito severas e bloqueios direcionados assim que surgem os casos, mas esta abordagem não evitou surtos locais.
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