Notícia
"Viemos despedir-nos do senhor Rui"
Campo Maior acordou com um movimento invulgar. Uma multidão silenciosa que se deslocou propositadamente à vila da raia alentejana, no distrito de Portalegre, para prestar uma última homenagem ao empresário Rui Nabeiro, falecido na manhã de domingo, em Lisboa.
20 de Março de 2023 às 11:03
Na sede do Grupo Nabeiro - Delta Cafés juntou-se cerca de um milhar de pessoas que quiseram despedir-se "do senhor Rui", como o tratavam todos os empregados e amigos. Fardados, embora a fábrica tivesse sido encerrada durante dois dias, ninguém arredou pé até à chegada do carro funerário. Uma imensa salva de palmas, que demorou seguramente mais de 15 minutos, assinalou o momento. O primeiro de vários de muita comoção.
"Viemos despedir-nos do senhor Rui, o homem que nunca disse não a ninguém", sintetizou José Romudas, lembrando que durante os "40 anos, cerca de dois terços da minha vida, que levo a trabalhar na Delta, nunca vi o senhor Rui negar nada a ninguém, fossem infantários, lares, clubes desportivos".
Relatos do seu carácter foram-se multiplicando para os microfones. Histórias de muito humanismo. Marcas colecionadas ao longo dos 61 anos que a empresa tem de vida.
Já na vila, onde o corpo voltou a passar por instalações da Delta até ser deixado na igreja matriz, repetiu-se o banho de uma multidão emocionada.
A marca deixada por Rui Nabeiro, falecido uma semana antes de completar 92 anos, não se cinge a Campo Maior. Entre os cerca de 600 funcionários que trabalham nas instalações da Novadelta, há gente de todo o distrito de Portalegre e até de outras zonas do país.
De Espanha vieram jornais, rádios e equipas de canais televisivos. "Era amigo de todos. Tinha sempre uma palavra boa para toda a gente e nunca negava um pedido. Como podíamos não vir?", disse uma das repórteres presentes.
"Viemos despedir-nos do senhor Rui, o homem que nunca disse não a ninguém", sintetizou José Romudas, lembrando que durante os "40 anos, cerca de dois terços da minha vida, que levo a trabalhar na Delta, nunca vi o senhor Rui negar nada a ninguém, fossem infantários, lares, clubes desportivos".
Já na vila, onde o corpo voltou a passar por instalações da Delta até ser deixado na igreja matriz, repetiu-se o banho de uma multidão emocionada.
A marca deixada por Rui Nabeiro, falecido uma semana antes de completar 92 anos, não se cinge a Campo Maior. Entre os cerca de 600 funcionários que trabalham nas instalações da Novadelta, há gente de todo o distrito de Portalegre e até de outras zonas do país.
De Espanha vieram jornais, rádios e equipas de canais televisivos. "Era amigo de todos. Tinha sempre uma palavra boa para toda a gente e nunca negava um pedido. Como podíamos não vir?", disse uma das repórteres presentes.