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Vendas da Jerónimo Martins aumentam 8,3% em 2021 para 20,9 mil milhões de euros

Apesar do "contexto marcado pela incerteza", a Jerónimo Martins fechou o ano de 2021 com um aumento das vendas, com todas as insígnias a contribuírem para o desempenho.

A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos valoriza perto de 13% desde o início do ano, impulsionada pelas expectativas de uma retoma da economia interna.
Pedro Elias
12 de Janeiro de 2022 às 17:53
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As vendas da Jerónimo Martins aumentaram 8,3% em 2021 para 20,9 mil milhões de euros, de acordo com dados preliminares, enviados, esta quarta-feira, pelo grupo à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em comunicado, a dona do Pingo Doce destaca que, "num contexto marcado pela incerteza, "o aumento de 8,3% das vendas consolidadas (+10,7% a taxas de câmbio constantes) reflecte o firme compromisso de todas as insígnias do grupo de proporcionar qualidade a preços baixos aos seus consumidores".

"2021 ficará na nossa memória como o ano em que, apesar da pandemia e do impacto negativo da desvalorização
cambial, superámos largamente o marco dos 20 mil milhões de euros de vendas e reforçámos as posições de mercado em todas os países onde operamos", diz o presidente do grupo, Pedro Soares dos Santos, citado na mesma nota.

Com todas as insígnias a contribuir para o "sólido desempenho", a Jerónimo Martins registou um LFL [Like-For-Like, indicador de vendas comparáveis] de 8%.

Um desempenho sustentado sobretudo pelas operações na Polónia: Se, por um lado, "a Biedronka manteve ao longo de todo o ano uma forte intensidade comercial e uma contínua inovação no sortido, não hesitando em investir para melhorar a oferta e a experiência de compra, e reforçar as razões de ser a loja alimentar preferida pelos consumidores polacos", por outro, a Hebe "registou um sólido aumento de vendas com o online a ganhar momentum".

Em números, a Biedronka, que representa sensivelmente 70% das receitas do grupo, registou uma subida nas vendas de 8% para 14,5 mil milhões de euros, num ano em que a marca da "joaninha" ultrapassou o objetivo traçado para 2021 e abriu 164 novas localizações; ao passo que a Hebe viu as vendas crescerem 13,5% para 278 milhões de euros.

Portugal sem desiludir

Já em Portugal, "numa envolvente que se manteve muito desafiante e com períodos impactados por restrições à normal atividade das operações, o Pingo Doce e o Recheio lutaram com determinação pela afirmação das suas propostas e conquistaram importantes crescimentos de vendas", realça Pedro Soares dos Santos na mensagem que acompanha as vendas preliminares relativas a 2021.

O Pingo Doce atingiu o "importante marco" dos 4 mil milhões de euros, reflexo de um crescimento de 4,6% em relação a 2020, incluindo um LFL (excluindo combustível) de 2,7%, "apesar do impacto negativo sobre o seu potencial crescimento nos primeiros sete meses do ano resultante das restrições intermitentes à circulação de pessoas e ao normal funcionamento de restaurantes e cafés". O grupo sinaliza, aliás, que como resultado do "compromisso de preços baixos", a cadeia de supermercados operou, no ano, com inflação negativa no cabaz.

Já as vendas do Recheio ascenderam a 906 milhões de euros, traduzindo um aumento de 7% face a 2020.

Por fim, na Colômbia, a Jerónimo Martins assinala que, "os efeitos do confinamento de 2020 na economia ainda condicionaram o ritmo da recuperação da actividade do país em 2021", o que não impediu, no entanto, a Ara de superar o "marco histórico" dos mil milhões de euros após um crescimento de 29% nas vendas em termos anuais.

Neste contexto, "o conselho de Administração aprovou, à semelhança do que fizera no ano anterior, a distribuição, por ocasião do Natal, de um valor equivalente a cerca de 20 milhões de euros ao nível do grupo por aqueles que, nas lojas e centros de distribuição e em circunstâncias verdadeiramente excepcionais, serviram, com dedicação e entrega, os consumidores", realça Pedro Soares dos Santos.

Para 2022, o líder do grupo aponta que, "além da incerteza associada à evolução da pandemia, com os desafios que daí resultam", a Jerónimo Martins terá de "gerir o acelerar da inflação alimentar registada no final do ano nas três geografias" em que opera.

Apesar disso, ressalva, "estamos confiantes que a capacidade já demonstrada pelas nossas operações e o trabalho desenvolvido nas cadeias de abastecimento nos permitirão fazer de 2022, em que celebramos 230 anos de história, mais um capítulo de crescimento rentável e sustentável".


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