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Lucros da Jerónimo Martins crescem 48% para 324 milhões até setembro

A dona da cadeia de supermercados Pingo Doce fechou os primeiros nove meses do ano com lucros líquidos de 324 milhões de euros, alavancados pelo crescimento das vendas.

Biedronka permanece motor de resultados da Jerónimo
27 de Outubro de 2021 às 17:29
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A Jerónimo Martins registou lucros de 324 milhões de euros entre janeiro e setembro, refletindo um aumento de 47,7% em termos anuais homólogos.

Em comunicado, enviado esta quarta-feira à CMVM, o grupo atribui o "bom desempenho" ao crescimento das vendas que subiram 7,1% para os 15,2 mil milhões de euros.

Já a margem EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] cresceu de 7,3% para 7,5% nos primeiros nove meses do ano, "refletindo o sólido LFL [Like-For-Like, indicador de vendas comparáveis] consolidado de 7,1%, o ‘mix’ positivo de margem e os ganhos de eficiência, que permitiram limitar o impacto do imposto sobre as vendas de retalho implementado na Polónia".

Em paralelo, "a forte geração de caixa" permitiu ao grupo "encerrar o período com uma posição líquida (excluindo responsabilidades com locações operacionais capitalizadas) de 655 milhões de euros", indica a retalhista em comunicado, destacando que "a flexibilidade das insígnias para prosseguirem as prioridades estratégicas e entregarem resultados em circunstâncias que permanecem marcadas pela incerteza".

A principal marca do grupo, a polaca Biedronka, viu as vendas aumentarem 10,3% em moeda local nos primeiros nove meses do ano, com as comparáveis a subirem 7,8%. Contas feitas em euros, as vendas renderam 10,6 mil milhões (ou seja, mais 7,3% face a igual período do ano passado), com a marca da "joaninha" a gerar assim 70% da receita arrecadada pelo grupo.

A também polaca Hebe viu igualmente a faturação engordar entre janeiro e setembro, com as vendas totais em moeda local a crescerem 10,8%. O grande "pulo" deu-se na internet, já que a empresa "mais do que duplicou as vendas online" nos primeiros nove meses do ano", de acordo os resultados apresentados esta quarta-feira.

Crescimento em Portugal apesar da conjuntura

Em Portugal, a Jerónimo Martins assinala que "à retoma lenta do consumo juntou-se a recessão da atividade turística que continua a afetar a economia", mas dá conta de que, mesmo assim, isso não travou um crescimento em toda a linha das operações do grupo. "O Pingo Doce e o Recheio aumentaram vendas e resultados, apesar das circunstâncias de mercado se terem mantido exigentes, sobretudo até julho, com a circulação de pessoas a permanecer baixa e um setor HoReCa [hotéis, restaurantes e cafés]" ainda muito fragilizado", realça o presidente do grupo, Pedro Soares dos Santos, citado no mesmo comunicado.

Em números: o Pingo Doce viu as vendas aumentarem 3,9% para 3 mil milhões de euros, contribuindo com menos de um quinto (19,4%) para o total encaixado pelo grupo nos primeiros nove meses do ano. Já as vendas do Recheio cresceram 3,2% para 660 milhões de euros, impulsionadas pelo desempenho registado no terceiro trimestre, o que representa 4,3% nas receitas da Jerónimo Martins.

Na Colômbia, a Jerónimo Martins assinala que "o ambiente operacional melhorou", apontando que "o número diário de infeções [de covid-19] foi controlado" e que "as tensões sociais, apesar de persistirem, não impactaram a cadeia de abastecimento nacional da mesma forma" do que no período compreendido entre abril e junho.

Beneficiando também de um "contexto de recuperação da atividade – face ao segundo e terceiros trimestres de 2020, em que "o país permaneceu num estrito confinamento" –, a Ara obteve um "forte crescimento" das vendas de 31,6% em moeda local. Em euros, e em concreto, as vendas da insígnia do grupo na América Latina atingiram 758 milhões, ou seja, mais 23,1% do que nos primeiros nove meses de 2020. Um cenário ao qual não foi alheia "a execução do programa de expansão, que adicionou 64 lojas à rede no período em análise e que tem já o ‘pipeline’ assegurado até ao final do ano".

Para o que resta de 2021, e atendendo aos resultados "já conseguidos", a Jerónimo Martins mostra-se confiante de que vai atingir os objetivos de crescimento traçados para o ano, apesar da "incerteza em torno da evolução da pandemia".

"Todas as nossas insígnias estão preparadas para se adaptar às circunstâncias e encontrar novas vias de crescimento para entregar mais um ano de forte desempenho", sublinhou Pedro Soares dos Santos, citado no mesmo comunicado.

 

 

 




 

 

 

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