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UBS passa de prejuízos a lucros e supera estimativas. Ações disparam mais de 8%

Depois de dois trimestres de prejuízos, o gigante suíço - que há pouco mais de um ano fechou o acordo de aquisição do Credit Suisse - registou lucros trimestrais. As receitas dos segmentos da banca de investimento como da gestão de fortunas ficaram acima do esperado.

Denis Balibouse/Reuters
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O UBS regressou aos lucros, depois de dois trimestres consecutivos de prejuízos, tendo contabilizado um resultado líquido positivo de 1,8 mil milhões de dólares (as contas são denominadas na divisa norte-americana, apesar da origem suíça da instituição). O valor fica ainda acima dos 1,029 milhões de dólares registados no primeiro trimestre do ano passado, de acordo com o relatório e contas publicado esta terça-feira.

Além disso, os lucros do gigante bancário – que há um ano se fundiu com o Credit Suisse – ficaram acima do consenso dos analistas, compilado pela Bloomberg, que apontava para um resultado líquido de 598 milhões de dólares.

Um dos grandes contribuintes para este número foram os resultados da mais recente avaliação (realizada de forma contínua) dos ativos e passivos que o UBS comprou, aquando da aquisição do Credit Suisse. Além disso, o banco também conseguiu um ganho de 272 milhões de dólares, através da unidade de liquidação da aquisição do Credit Suisse, devido à venda de ativos à Apollo Global Management.

No segmento de gestão de património, as receitas subiram de 5,6 mil milhões de dólares, no último trimestre do ano passado, para 6,1 mil milhões de dólares o ano passado, sobretudo devido à atividade nas Américas, na região da Ásia-Pacífico e na Suíça. Ao todo, o departamento de gestão de fortunas somou mais 27 mil milhões de dólares em novos ativos, acima dos 22 mil milhões contabilizados no quarto trimestre de 2023.

Já no segmento de banca de investimento, o lucros antes de impostos foram de 555 milhões de dólares, também acima das estimativas dos analistas que apontavam para os 398 milhões. Já o negócio de gestão de ativos não teve a mesma sorte, tendo os lucros antes de impostos (111 milhões de dólares), ficado acima do esperado.

Em termos de rendibilidade, o rácio "return on equity" passou para terreno positivo (8,1%), após ter fechado o ano passado em -1,4%. Ainda assim, este valor fica abaixo dos 9% registados no primeiro trimestre de 2023.

No que diz respeito aos rácios de capital, o "common equity tier 1 capital", manteve a tendência de descida, tendo cifrado-se nos 13,9%, depois de atingir os 14,4% no final do ano passado e os 14,9% entre janeiro e março de 2023.

Após a divulgação dos resultados, as ações do UBS escalam 8,19% para 26,87 francos suíços Desde o início do ano, o banco já valorizou 4,54% em bolsa.

Capítulo Credit Suisse fecha-se até 31 de maio

Além das rubricas financeiras, o relatório revela ainda que a conclusão legal da fusão entre Credit Suisse e UBS deve estar fechada até ao próximo dia 31 de maio.

Foi há pouco mais de um ano que as autoridade suíças arquitetaram a compra do Credit Suisse pelo UBS, que fechou o acordo em junho por três mil milhões de francos suíços (o equivalente em euros), numa tentativa de salvar o segundo maior banco do país da falência.

O plano de integração delineado em fevereiro pelo presidente executivo do UBS, Sergio Ermotti, passa por dissolver o conselho de administração do Credit Suisse e pela fusão de ambas as entidades legais até ao final de maio.  Recentemente, o Financial Times avançou que O último CEO do Credit Suisse, Ulrich Körner, está de saída da UBS.

 Título corrigido às 12h15

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