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Twitter vai cobrar nova taxa por ferramenta usada por socorristas no sismo da Turquia

O Twitter vai cobrar 100 dólares (quase 94 euros) mensais por uma ferramenta de pesquisa que os voluntários socorristas do terramoto utilizam na Turquia e na Síria. A cobrança seria para começar na segunda-feira mas foi "adiada mais alguns dias".

A 25 de abril, a administração do Twitter aceitou os termos da proposta de compra de Elon Musk.
Joe Skipper/Reuters
14 de Fevereiro de 2023 às 07:38
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A ferramenta, conhecida como API, é usada por milhares de voluntários de organizações sem fins lucrativos, e outros como investigadores, para analisar os dados do Twitter, na busca de pedidos de ajuda, inclusive de pessoas presas em prédios desabados, e ligar pessoas com organizações de resgate.

"Isso [a API] não é apenas para os esforços de resgate que, infelizmente, estamos a chegar ao fim, mas também para o planeamento logístico, já que as pessoas vão ao Twitter para transmitir as suas necessidades", disse Sedat Kapanoglu, fundador da Eksi Sozluk, a plataforma social mais popular da Turquia, que tem aconselhado voluntários nos seus esforços de resgate.

Sedat Kapanoglu adiantou que centenas de "bons samaritanos" estão a distribuir as suas próprias chaves de acesso à 'API premium' pagas (o Twitter já oferecia uma versão paga com mais recursos), para uso nos esforços de resgate, mas lembrou que isso não é "sustentável ou o caminho certo", e que pode até ser contra as regras do Twitter.

Segunda-feira era o prazo que o Twitter tinha definido para encerrar o acesso gratuito à API, um desafio adicional para os socorristas na Turquia, que, segundo a Associated Press, estão a trabalhar sem parar para aproveitar este sistema aberto e exclusivo do Twitter.

Contudo, a empresa anunciou que decidiu adiar "mais alguns dias" o início dessa cobrança de 100 dólares mensais.

Não são apenas os grupos de ajuda a desastres que estão preocupados com a nova taxa, também pesquisadores e académicos usam o Twitter para, nomeadamente, estudar a disseminação de desinformação e discurso de ódio ou pesquisar saúde pública ou como as pessoas se comportam online.
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