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Três quartos das empresas denunciam aumento de custos provocado pela guerra

Tecido empresarial português alerta para despesas crescentes e dificuldade em aceder a matérias-primas. Mais de 80% das empresas dizem ter sido de alguma forma afetadas pelo conflito .

Com ou sem superciclo, a subida dos preços da generalidade das matérias-primas será uma constante ao longo deste ano.
Yves Herman/Reuters
27 de Abril de 2022 às 18:29
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Mais de três quartos (76%) das empresas denunciam um aumento dos custos provocados pela guerra na Ucrânia. O número consta do inquérito regular da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), que mostra também que 24% lamentam a impossibilidade de aceder a matérias-primas essenciais à produção.

O inquérito a mais de 300 empresas de várias dimensões conclui também que apenas 17% reportam não terem sentido qualquer impacto decorrente do conflito no leste europeu.

E se a situação atual é difícil, as previsões não são melhores: quase quatro em cada cinco empresas prevê que os custos da energia continuem a subir. O aumento médio esperado pelos gestores será de 18%, sendo que 35% das empresas espera um aumento superior a 15%. As companhias reportam um peso de 16% dos custos da energia nas despesas de funcionamento.

Na visão dos inquiridos, o tema das matérias-primas e consumíveis não será melhor: 88% estima um aumento, sendo que 41% prevê subidas acima de 15%.

Sem surpresa, 75% das empresas considera que a prioridade do governo para fazer face à escalada dos preços da energia deveria ser a redução da carga fiscal (no IVA, ISP, ou ambos). Quase dois terços defende a atribuição de apoios diretos às companhias mais atingidas.

Também no tema mais lato da convergência económica de Portugal com a União Europeia, dois terços exigem a redução da carga fiscal sobre a atividade empresarial.
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