Os serviços mínimos previstos para hoje no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo não estão a ser cumpridos estando as circulações totalmente paradas, disse à agência Lusa fonte da empresa que faz a comunicação das duas transportadoras.

O Metropolitano tinha definido para hoje como serviços mínimos a circulação na Linha Azul (Amadora Este - Baixa Chiado) e Amarela (Rato - Odivelas) a partir das 08:00, mas não foram acatados, de acordo com a mesma fonte.

As ligações fluviais a cargo da Transtejo - do Cais Sodré e Belém para Cacilhas, Montijo, Trafaria e Seixal - estão também totalmente paradas por os trabalhadores não terem cumprido os serviços mínimos.

A única ligação fluvial na área de Lisboa que está a ser assegurada, mas com apenas uma embarcação, é entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, da responsabilidade da Soflusa.

Também aqui, de acordo com a mesma fonte, os serviços mínimos não estão a ser totalmente observados, dado que estava prevista a circulação de duas embarcações.

Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, central sindical que convocou a greve geral de hoje, reafirmou em Setúbal que os trabalhadores daquelas duas empresas não cumpriam os serviços mínimos por serem considerados ilegais.

A fixação dos serviços mínimos, que foi impugnada pela CGTP junto dos tribunais, tinha sido feita por uma comissão arbitral, no âmbito do Conselho Económico e Social (CES).

A CGTP marcou a greve geral de hoje para exigir uma mudança de rumo para as políticas económicas e sociais de modo a garantir aos portugueses melhores condições de vida e de trabalho.

A última greve geral, também convocada pela CGTP, realizou-se em Dezembro de 2002 contra o Código de Trabalho, que entrou em vigor um ano mais tarde, depois de sofrer muitas alterações.