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"Toda a gente diz que o presidente do Sporting está muito doente”, diz ex-vice de Alvalade
Bruno Carvalho “passou a linha vermelha” e a situação agora só se resolve com a sua saída. Quem o afirma é Torres Pereira, ex-vice presidente do Sporting, de onde saiu em ruptura com o líder, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença.
"Os interesses do Sporting no futuro podem estar mais comprometidos pela continuidade do actual presidente do que o contrário" e, por isso, "tal como em 2011 o apoiei, hoje digo que temos de encontrar uma solução que o faça sair com dignidade", afirma Torres Pereira, ex-vice de Bruno de Carvalho e um dos mentores da sua ida para o Sporting. "Ele tem muito mérito no seu primeiro mandato, ninguém lho tira. Mas as suas atitudes e comportamento estão a delapidar o crédito que esse mérito lhe trouxe", considera. Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença desta quinta-feira, 12 de Abril, Torres Pereira abraça a tese que Bruno Carvalho poderá estar doente e, por isso, deve ser afastado "com dignidade".
"Toda a gente diz que o presidente do Sporting está muito doente. E, a ser verdade, esse facto não pode pôr em causa a continuidade da gestão do Sporting, porque estamos a falar da SAD, que é cotada em bolsa, estamos a falar de uma situação financeira com empréstimos obrigacionistas que se vencem, com accionistas, etc, etc.", sustenta Torres Pereira "Se isso é verdade", e se "dessa doença decorre uma diminuição das suas faculdades para a gestão do Sporting, então quem tem de ter isto em conta e tomar as decisões decorrentes dessa situação é o conselho directivo", considera Torres Pereira.
O histórico sportinguista não defende a realização de mais uma assembleia-geral, "para nos matarmos todos uns aos outros". E insiste: "É o conselho directivo que deve tomar as decisões" e isso tem de acontecer rapidamente, porque esta crise "foi funda de mais".
"Não é próprio um presidente de um clube expor os jogadores da equipa principal. Se eu gostei dos erros [dos jogadores], não. Odiei aquilo. Mas ele não pode tratar os jogadores desta maneira - e no passado também já o fez. Há um destempero na intervenção do presidente do Sporting que não é normal", remata.