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Tesla regista perdas no quarto trimestre mas supera estimativas nas receitas

A Tesla Motors, que no terceiro trimestre conseguiu os primeiros lucros em três anos, regressou às perdas. Mas os prejuízos ficaram bastante abaixo do estimado pelos analistas e as receitas, em contrapartida, superaram as previsões. O mercado gostou e as acções seguem a subir.

Reuters
22 de Fevereiro de 2017 às 22:35
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A fabricante de veículos eléctricos Tesla registou uma perda de 121,3 milhões de dólares no quartro trimestre, uma redução face aos prejuíxos de 320,4 milhões reportados um ano antes.

 

Por acção, a perda foi de 78 cêntimos. Numa base ajustada (excluindo itens extraordinários), registou um prejuízo de 69 cêntimos por acção – valor bastante inferior ao resultado negativo médio de 1,14 dólares por acção esperado pelos analistas inquiridos pela Bloomberg.

A Tesla, recorde-se, apresentou em Outubro os resultados do terceiro trimestre, tendo reportado lucros pela primeira vez em oito trimestres. Agora regressou às perdas, mas a redução homóloga é bastante expressiva.

 

As receitas, por seu lado, ascenderam a 2,28 mil milhões de dólares nos últimos três meses de 2016, o que correspondeu a um aumento de 88% face ao período homólogo do ano anterior. O consenso de mercado apontava para 2,22 mil mihões, pelo que a facturação superou as expectativas.

 

O mercado está a reagir com agrado a estes números. Na negociação fora de horas, as acções da Tesla, que encerram a sessão regular desta quarta-feira a cair 3,88% para 273,51 dólares, seguem a ganhar 1,6% para 278 dólares. 

Estes foram os primeiros resultados da Tesla desde que, no passado dia 17 de Novembro, os seus accionistas aprovaram a fusão com a instaladora de painéis solares residenciais SolarCity, num negócio avaliado em dois mil milhões de dólares.

 

Em Junho passado, Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, anunciou que a empresa de carros eléctricos ambicionava fundir-se com a instaladora de painéis solares residenciais SolarCity – igualmente norte-americana e da qual é accionista maioritário, além de ser gerida por primos seus e de o ter na presidência do conselho de administração. A proposta foi então aceite em Novembro e as empresas vão 'dar o nó' muito em breve. 

 

Agora, Musk irá testar a sua visão: a de casar as duas empresas, criando um ponto único de fornecimento de energia limpa para os consumidores, entre veículos eléctricos, telhados com painéis solares e baterias para a casa.

 

Elon Musk detém 21% da Tesla e 22% da SolarCity, o que o torna o maior accionista de ambas as empresas.

 

A Tesla estima que a SolarCity contribua, este ano, com mil milhões de dólares em receitas para a nova empresa conjunta.

 

Hoje, na apresentação dos resultados do quarto trimestre - após o fecho das bolsas em Wall Street -, Musk anunciou que o seu Modelo 3 está a caminho.

 

A empresa espera vender 50.000 carros eléctricos no primeiro semestre deste ano e arrancar também com a produção do Modelo 3 em Julho próximo, segundo uma carta enviada esta quarta-feira aos accionistas e que foi citada pela Bloomberg.

 

A meta da Tesla é fabricar 500.000 carros por ano a partir de 2018. E para a alcançar conta grandemente com o Model 3.

 

No passado dia 1 de Dezembro, recorde-se, o Executivo de António Costa fez saber que tinha criado um grupo de trabalho para estudar as potencialidades do lítio em Portugal. Tudo a pensar nas baterias para os carros eléctricos, que é uma das bandeiras com que Portugal acena à Tesla para que Elon Musk se decida a instalar por cá a fábrica europeia da sua empresa de carros eléctricos. 



(notícia actualizada às 22:47)

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